Um blog que valoriza a poesia. Buscando-a nas imagens, nos sons, nas artes plásticas...na angústia demasiadamente humana.
sábado, 31 de dezembro de 2011
ANO NOVO E FELICIDADE
FELIZ ANO NOVO!
É assim que se diz, não é mesmo? Mas, lá no fundo do coração, sentimos que desejo só não basta! É preciso mais. Esse mais... que não sei o quê é, nem como é, também, não sei onde está... Que você encontre, em 2012.
Então, preserve, compartilhe, esconda, ofereça, crie, invente, segure essa tal de felicidade rsrsrs
Faça o que der na telha, seja muito feliz em 2012!
Vamos juntos? Há uma nova travessia. Parece muito com outras já transpostas... a sentimos, em nosso íntimo, única.
Tudo em nossa volta, repetido a cada dia, é único. Dentro de nós, os sentimentos o são, em pulsações diferenciadas...
Quem esquecerá de uma só nota, dessa bela e misteriosa melodia? Vamos juntos, cada qual em seu ritmo, caminhando o seu passo. Chegar, de novo, à outra margem desse rio - chamado vida - que nos atravessa, modifica e tanto nos oferece surpresas como perdas.
Esse rio de possibilidades e descobertas. Um rio que pode ser também de amor, de carinho, de pessoas que se olhem e se escutem.
FELIZ 2012 PARA TODOS
Obs: O vídeo não está liberado para incorporar. Então cliquem no link para ouvir nosso pianista Nelson Freire. Um verdadeiro presente.
Para os que a sensibilidade, ainda, não abandonou as celebrações do Dia de Natal são fortes. Alegrias e tristezas misturam-se em doses imprevisíveis. Mas sempre há um jeito de reconciliarmo-nos com os anseios da alma e do corpo.
Os sons da guitarra esculpindo a melodia... E a constatação da letra trash. Ah! Mais o espírito que não morre, nas saudades que sinto, e no rock dos Rolling Stones, ouvido no trajeto Barra- Gávea, no carro de meu caçula.
Queridos amigos, antigos, novos ou apenas passantes distraídos...e,também, alguns curiosos...
Deixar uma suave mensagem para as Festas Natalinas é meu desejo.
Que no coração de cada um fique a ESPERANÇA aninhada, a SAÚDE vigilante, a PAZ soberana, o AMOR INTEIRO E GENEROSO pronto para manter-se FECUNDO.
Um período para sentir e descobrir sentimentos. Para descobertas de si. Viver nossa identidade que se espelha no outro. Se somos frágeis ou corajosos, decididos ou medrosos, somos gente. Somos o passageiro, o efêmero, o anônimo, mas somos, também, a centelha de calor e vida.
Somos um coletivo de sins acolchoados e espetados por nãos.
Somos parte de um processo de possibilidades e perguntas.
O Tempo vem buscar o que é dele. Tem pressa. Nunca o esquecimento. Dias de perdas, despedidas Adeus sem adeuses.
Ao final de mais um ano Tateio. A Vida me exige lucidez O termo apropriado é: Menos.
Insisto. Mais velhos, quase não há. Viver a rotina das perdas... Quem há? Não basta o sofrer, sem chorar.
Em silêncio Entendo e não aceito As Partidas. Viver a distância...É do que há.
Santa Teresa, 18 de dezembro de 2011
Despedidas e adeuses, assim mesmo, no plural.Se nos oferece o encantamento, a vida-no depois - deixa encantados os que amamos, e partem antes. Um abraço de Domingo Maysa
A Rádio MEC 98,9-FM, do Rio de Janeiro, perdeu,ontem, um de seus mais queridos radialistas. Voz linda tinha Maurício Figueiredo. O Programa Antena MEC-FM prestou sua homenagem ao colega desaparecido. Maurício era grande conhecedor de jazz e bossa-nova. Seus colegas fizeram, então, um roteiro de músicas de sua preferência, e ao final, incluíram um solo, com o próprio radialista, ao piano. Aqui, escolhi a música de Tom Jobim: Chovendo na Roseira, na interpretação de Zé Paulo Becker, um grande intérprete, violonista que admiro, e acompanho desde o início da carreira.
Maurício, conheci na adolescência. Fomos vizinhos, em Botafogo.Depois nossos encontros aconteciam nos momentos políticos que nossas gerações enfrentavam, nos recitais de música e, se sua voz - conhecida de muitos brasileiros- não mais nos encantará nos finais de noite ou nas tardes mornas e suaves do Rio, restará a suave lembrança do seu sorriso e seu apelido de juventude. Maurício Garoto.
Era. Pudera Não partir agora. Parte. Reparte retalhos Migalhas de esperas Tecidas, por onde se engendram Esperanças. Indo. Consome sonhos e arte. Para. Repara. Cerze o vazio Entrega, apenas, a transparência. Fia e tece. Teia, meia Vestindo de vida os desenganos.
Saiu por ali, lépida, levinha, levinha. Passo de menina como se estivesse flutuando depois de uma aula de balé.
Não era velha nem nova! Tinha jovialidade para dar e vender, diziam as amigas. Gostava da vida. Com discrição ia passando da plena maturidade para um início de outro tempo desconhecido, e ameaçador a quase todas as mulheres. Os cabelos brancos, numa alquimia, mudavam-se em tons dourados, cuidava da aparência o indispensável, usava pouca pintura, e mantinha um secreto desejo de envelhecer em paz. Ou seria em plenitude? Não cultivava os sobressaltos contemporâneos para eternizar a juventude fugidia. Era contra intervenções cirúrgicas, não buscava deter o tempo. Ainda contava com a sensualidade, fiel companheira, desde os tempos de menina. Gostava de ter nascido mulher, a feminilidade construíra sua identidade.
Por esses últimos tempos amara um homem estranho, arredio, e nada, absolutamente, nada faria para enredá-lo em sua vida, ao contrário, deixara-o entregue às suas dúvidas existenciais. Tinha as suas para tratar.
Mesmo que ficasse angustiada , quando sem notícias dele, logo encontrava um motivo interessante para se ocupar. Mas era amor o que sentia. Um amor fundo e suave, que lhe emprestava beleza e mistério.
Sobretudo uma leveza que só os apaixonados pela vida saboreiam.
Tudo tinha dimensão expressiva em sua vivência, do riso das crianças ao canto dos pássaros, até o ronco muita vez inusitado dos aviões que voavam baixo, próximo as chegadas e as partidas, de um aeroporto doméstico.
O que mais a encantava era o balé das palmas centenárias, de umas duas palmeiras imperiais, das muitas que o bairro, com orgulho, possuía. E, da janela do escritório acompanhava. Não. Definia para si: Não era só o movimento, era o farfalhar das folhas, os sussurros aos vários tipos de vento, que evocava em sua alma a liberdade de ser. Ser em convívio com a natureza variada dos que a rodeiam. Esse amor estranho, fugidio e pleno. Entrega intensa, troca sensual, esgares e tormentos existenciais. Queria e estava fruindo o envelhecer em plenitude.
A grande sacada da vida é transformar perdas em ganhos, essa frase ocupa meus pensamentos nessa tarde chuvosa de sábado. Está inscrita num mini affiche, aqui no escritório. A solidão está quieta, não me incomoda nem um pouco, domada - como toda fera - até me traz mimos, sem esquecer das dores por complemento. Um amigo querido lembra de me ligar, fico feliz e comovida. Não é que, também, traz notícia triste? A partida de uma amiga comum. Causa mortis: Dor de mãe, aguda, fulminante com a ida prematura do filho tão jovem, belo, doce. Respiro fundo. Sei que ela se foi por amor. Daquele amor profundo que quase, só as mães conhecem. Uma pneumonia fechou o ciclo da criação.
Peço a benção ao poeta que não morrerá nunca. "A tristeza tem sempre uma esperança de um dia não ser mais triste não".
Vinicius, poeta preferido, da minha juventude carioca e singela, vem ao meu encontro. Haja vinil, cd, You Tube, ou qualquer suporte inventado para dar eternidade!
Com suavidade vou me entregando à vida, deixando que ela me leve mundo a fora, me guie, e me prepare para partida, em algum dia.
Lembro da mulher discreta, professora íntegra, generosa em seu ofício de ensinar. Uma socióloga corajosa, ética, excelência na academia. Num tempo em que nosso país ficou entregue aos generais e aos oportunistas de plantão. Ela plantava questões inquietantes, sobre o Brasil. Em vida, seu profundo conhecimento ficou restrito ao grau institucional de professora adjunta. A intensa competição acadêmica vigente nem sempre reconhece os melhores.
Na sala de aula encantava alunos, com o vigor do estudo, aprofundando universos. Nos anos oitenta, fomos companheiras na tentativa de criar um sindicato da categoria. Não tivemos êxito, a classe desunida, um tanto desinteressada não se mobilizava. Anos depois foi professora, no mestrado do IPPUR, da UFRJ, de um filho meu. A Universidade brasileira e as novas gerações,talvez, não saibam, mas serão sempre devedoras de pessoas como ela, que traçaram um destino para o conhecimento, imbuído da prioridade ética. Aprender e ensinar com integridade.
Saudades, muita saudade de Ana Clara Torres Ribeiro.
Uma abraço carinhoso para os que por aqui passam. Vídeo de abertura do show, no Canecão, Rio , em 1977.
CARIOCA de Botafogo. Coração BOTAFOGUENSE E MANGUEIRENSE.
OLHAR ATENTO acompanho o contemporâneo, invento o futuro.
HUMANIDADE...
SINTO SAUDADE?
Às vezes sim,outras não.
O QUE A VIDA TRAZ DE BOM?
INQUIETUDE!
Atuais e profundas transformações do SER HUMANO no lidar com emoções e sentimentos.
DESEJO?
A CONSTRUÇÃO de um tempo amoroso
DESPERTO para a riqueza da diferença.
CULTIVO - Bons amigos, flores simples no jardim.
PAIXÃO? Imagens... Fotografia... Cinema.
AMOR AO LADO? Escrever, ouvir música.
EXERCÍCIOS MATINAIS:
1-Desapego às coisas materiais.
2-Reafirmar o compromisso ético.
3-Agradecer cada dia de VIDA
O BEM mais precioso. VALOR INESTIMÁVEL.Único e múltiplo... Costuma ser variado.
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