A casa entrou em obras!Tudo, absolutamente, tudo fora do lugar. É preciso resistir ao impulso de fuga!
Só eu mesma posso rearrumar: papéis, intenções, sonhos, perdas, desejos... Em gavetas e pastas perdidos fragmentos da vida, do passado, mas alí guardados. Por que? Sei lá, a gente nunca sabe todos os porquês! Mas, tem certeza do que não existe mais.
Amor Perfeito
Um a um estão todos secos e no passado.
Alguns, presos às molduras de antigo afeto.
Um simples, outro rebuscado...
Dependuram-se à frente, ao lado
atravancam o espaço do existir.
Todos causaram dor e espanto.
Perdas, solidão.
Nenhum encontro.
Continuo em busca do mais que perfeito!
Sinal algum se avizinha.
Conteúdo e forma confundidos
sonhos e devaneios dos dezesseis...
São impressões mais que marcas
indeléveis...
São impedimentos mais que tormentos.
Não fujo de mim.
A insônia crava suas garras afiadas.
Corrosivas, silentes.
Um galo canta o alvorecer
como ontem o cantou insistente.
A madrugada não espera...Avança.
Sem direito à boemia...
Na solidão do quarto
existo
sem saber porque
e
até quando!
Santa Teresa, 31 de outubro de 2007
Maysa
Amor Perfeito
Um a um estão todos secos e no passado.
Alguns, presos às molduras de antigo afeto.
Um simples, outro rebuscado...
Dependuram-se à frente, ao lado
atravancam o espaço do existir.
Todos causaram dor e espanto.
Perdas, solidão.
Nenhum encontro.
Continuo em busca do mais que perfeito!
Sinal algum se avizinha.
Conteúdo e forma confundidos
sonhos e devaneios dos dezesseis...
São impressões mais que marcas
indeléveis...
São impedimentos mais que tormentos.
Não fujo de mim.
A insônia crava suas garras afiadas.
Corrosivas, silentes.
Um galo canta o alvorecer
como ontem o cantou insistente.
A madrugada não espera...Avança.
Sem direito à boemia...
Na solidão do quarto
existo
sem saber porque
e
até quando!
Santa Teresa, 31 de outubro de 2007
Maysa