sexta-feira, 8 de julho de 2011

BILLY BLANCO - A BANCA DO DISTINTO,TERESA DA PRAIA,SAMBA TRISTE, MOCINHO BONITO



Não conheci paraense mais carioca que o Billy Blanco. Partiu do Rio, da vida, hoje pela manhã, deixando para quem quiser lembrar, ou conhecer, sambas lindos, crônicas em letras bem humoradas, sarcásticas.
Parceiro de Tom Jobim, em Teresa da Praia, sucesso de 1954, de Baden Powell, em Samba Triste . Tem uma extensa produção de qualidade.
Viva o querido boêmio, com carinho e malícia, no coração de todos. As interpretações de suas músicas foram várias. Desde Isaura Garcia, Elis Regina, Elza Soares, Dóris Monteiro, na conhecida Banca do Distinto, até Lúcio Alves, Dick Farney, em Teresa da Praia, João Gilberto, e muitos outros.
Todos traduziam suas palavras irreverentes, retratos de várias épocas e dos vários amores, em canções inesquecíveis.












Um abraço para os que amam música, e mais ainda a MPB.
Maysa

quarta-feira, 6 de julho de 2011

SANTA TERESA DE PORTAS ABERTAS - INVERNO 2011

















É tempo de delicadeza!
Realidade e abstração estão de mãos dadas, aqui em Santa.
Chegou o fim de semana em que Santa Teresa fica mais movimentada, alegre, cheia de novidades!
Os ateliês abertos, o público - vindo de todas as parte do mundo - chegando, as surpresas...
Vou fazer minha programação particular. Se não dá para subir e descer todas as ladeiras , ver tudo, vejo e revejo os preferidos...
No Parque das Ruínas apreciem a exposição Ponto e Linha - o traço delicado e poético da artista plástica Martha Pires Ferreira. Desenho e nanquim.

"Estou desenhando a parede da Galeria do Centro Cultural Parque das Ruínas, diz Martha:


- são 20 metros >>>> Ponto e Linha ..... levezas poéticas da imaginação
mais exposição desenhos nanquim sobre papel
> ficará até dia 31 de julho
Rua Murtinho Nobre 169 / Principado de Santa Teresa "


Então, encontro com vocês por lá!

Abraço

Maysa

terça-feira, 5 de julho de 2011

CANÇÃO DA MANHÃ FELIZ- HAROLDO COSTA/LUIZ REIS







Canção linda essa. Foi gravada, pela primeira vez, por Miltinho, cantor dos anos sessenta. Colecionador de sucessos.
Escolhi a interpretação de Elizeth Cardoso, pela magia que sua voz contém, e por saber que dessa magia a vida não se desfaz, mesmo nos momentos tristes.
A manhã está cinzenta, nublada.
E triste.
Inverno apenas? Não... São as notícias de perdas, partidas.
Portanto, para quem fica é preciso lembrar, acreditar mesmo, que toda manhã que desponta - luminosa ou nublada- deve ser feliz. Faça seu movimento para isso.
Manhã feliz do seu jeito, um pouco triste, um pouco cinza, de aparência fria e distante. Uma única manhã, em nossas vidas.
Há quem tenha o que comemorar. Nós temos.




Um abraço carinhoso para os que fazem aniversário nessa manhã.
Como você, Martinha querida.

PS:Quem quiser ler mais sobre Miltinho e Elizeth sugiro o Dicionário de Música Brasileira, do Ricardo Cravo Albin.

Maysa

quinta-feira, 30 de junho de 2011

DORIVAL E A MENINA _ MAYSA MACHADO










Um dia, aos quatorze anos, a mãe da menina lhe disse:

- Você tem mudado muito, querida! Só numa coisa vc continua igual.
A menina , curiosa, logo perguntou?
- No que mamãe?
- No gosto por Dorival. Desde pequenininha, quando a voz de Caymmi surge no rádio, você volteia, dança, sorri, canta. Até parece que nasceu na Bahia...

Minha paixão por Dorival é imensa, intensa. Amar a voz, a inspiração do baiano quieto, bonachão foi um dos bons cultivos em minha vida.





Um abraço no último dia de junho, para todos.
Maysa
Santa Teresa junho de 2011



segunda-feira, 27 de junho de 2011

O GOSTO DA SEGUNDA - FEIRA CINZENTA - MAYSA MACHADO







O GOSTO DA SEGUNDA - FEIRA CINZENTA

Maysa Machado

O gostoso barulho da chuva miúda, para mim é um cântico. Assim, adormeci com seu ritmo constante. Não sem antes rir, solitária, pressentindo a segunda- feira cinzenta, fria e úmida. Talvez, ao vestir-se o tempo nos dias que correm, com tantas características climáticas, obrigue-nos a aceitar que as mudanças estão por toda parte. Sobretudo, dentro de nós.

Reconcilio-me, então, com os dias chuvosos, nublados, pois até eles trazem uma beleza distante, que nos mostra a importância de viver. Se ficarmos mais nostálgicos, nada nos impedirá de exibirmos uma capacidade reflexiva considerável. Reaprendemos a ser.

Há o que detestar e sempre haverá: Caminhar na chuva é bom no cinema, não nas ruas do Rio. Mas esticar a preguiça e levantar mais tarde em manhãs cinzentas é prá lá de ótimo! Tomar chocolate quente, numa xícara bonita e fumegante! Vestir um casaco e ir ver o mar... Não só é divino, como a parte melhor que há na solidão.

Então, o ir e vir constante, mesmo na falta de movimento aparente, muda nosso olhar sobre o tempo. O tempo que passa espremido entre os ponteiros do relógio é o que nos ultrapassa nas tarefas deixadas de realizar, no espaço de um dia.

O tempo vivido, lembrado, passado recriado, reciclado, por chegar! É desse tempo interno, que se ainda nos mostra juventude de sentir, nos traz a eternidade de presente, em cada minuto.

Pode chover e ficar cinza, lá fora. Você se colore de amarelo, vermelho, verde, azul, rosa pink, turquesa, prata, ouro... lilás,laranja.

Santa Teresa, 27 de junho de 2011.

sábado, 25 de junho de 2011

DOMINGO DE SOL - MAYSA MACHADO





Presente de Aniversário


O mimo mais lindo, que recebi em toda a vida, foi minha mãe quem trouxe. E ela, com espontaneidade, repetia o presente a cada ano.

Engraçado, em pequena, imaginava a partir das leituras dos livros infantis, alguma coisa mais ou menos assim: Inverno é inverno, faz frio o tempo todo, e o sol não visita ninguém.

Uma criança de hoje, com as informações que recebe, pode, além de conhecer sobre diferenças climáticas em detalhes, ter certeza que o sol não se esconderá abaixo do equador por muito tempo. Imaginar invernos ensolarados não lhe aguçará nenhuma fantasia.

Da criança que fui, ficaram gravadas, em minha memória afetiva, conversas, frases:

— Você nasceu num Domingo de Sol! Amanheceu junto com aquele lindo dia, às cinco horas da manhã. Depois, vi o céu azul, nuvens muito brancas e gorduchas, como você. Foi o momento mais feliz da minha vida! A maior emoção de felicidade, sentida até ali.

Assim, minha mãe descrevia o dia em que nos conhecemos. E continuava...

— Seu pai queria que nosso primeiro filho fosse uma menina, chegou você, tez rosada, a boca feito um coraçãozinho vermelho, olhos e cabelos castanhos, criança robusta, saudável. Nossa alegria daria prá fazer muitas festas...

Recebi presentes de aniversário variados, mas o que sempre mais agradou foi esse apanhado de emoções condensadas por minha mãe, nas frases amorosas que me disse, e repetia a cada ano.

Uma pessoa que nasce num Domingo de Sol deve ter algum atributo especial — sonhava.

Com o tempo, páginas sendo vividas e viradas, fui percebendo que o mais é mesmo um amor forte pela vida. Uma alegria que vence qualquer desafio e que sobrevive a qualquer perda, até as afetivas. Há um ciclo interno, movido à felicidade, que se repete. Deve ser a tal de Esperança.

Todos os dias só contam porque existem os domingos. E neles, a única surpresa esperada: Um sol que brilhe e aqueça a todos. Esse ano tomara que a segunda- feira seja de sol brilhante, calorzinho de inverno carioca, rsrsrs. E já estou esperando muito amor, carinho, amizades sinceras... tudo isso com saúde, que é fundamental prá receita continuar a dar certo.

Santa Teresa, 23 de junho de 2011

Com um carinhoso abraço

Maysa



sexta-feira, 24 de junho de 2011

CHEGANÇA - NARA LEÃO


Não é saudade, apenas revisito.
Adoro estar, aqui, em 2011, totalmente instalada no primeiro ano do segundo decênio, do terceiro milênio, e aprontando a disposição para acompanhar a programação que é extensa.
Desejo chegar lá, primeira etapa: 2020. Vou?
Já que a certeza vem depois, falo e ouço ecos de 1964 .Esse ano fez parte de minha vida, da de todos os jovens, com suas propostas despojadas, as mesmas dos que já tiveram vinte anos...
Agora Nara, Elis, Edu, Vianinha, não são passado, são marcos da criação, de alegria e de nosso olhar debruçado pela cultura popular.
CHEGANÇA , canção de EDU e VIANINHA, é trabalho de educação musical no colégio das netas! E dizer, ou lembrar que sua avó assistiu comovida NARA, no Teatro Opinião.

Chegança

Edu Lobo - Vianinha

Estamos chegando daqui e dali
E de todo lugar que se tem pra partir
Estamos chegando daqui e dali
E de todo lugar que se tem pra partir
Trazendo na chegança
Foice velha, mulher nova
E uma quadra de esperança
E uma quadra de esperança
Ah, se viver fosse chegar
Ah, se viver fosse chegar
Chegar sem parar, parar pra casar
Casar e os filhos espalhar
Por um mundo num tal de rodar
Por um mundo num tal de rodar

É curioso ficar vivo, mais ainda, ter o propósito de envelhecer compartilhando lembranças.


Beijos
neste dia de fogueiras acesas para assar batatas, milhos, jamais idéias!


VIVA S. JOÃO!!!!


terça-feira, 21 de junho de 2011

INVERNO NO RIO - MAYSA MACHADO




Começo de Inverno



Maysa Machado


Sem mar
carioca não é ninguém.
Pode não dar praia,
tem que ter azul.
Um verde mar a nos encantar
a dizer contra as pedras:
Toda ressaca será benvinda!
Céu, nuvens vestindo
desvestindo véus...
Transformando climas
em sonhos.
Vez que outra
em pesadelos.
Neblina no Rio
é prá se curtir
acompanhado ou só.
Nós cariocas somos alegres...
até mesmo os introspectivos.
Os que gostam de ver o mar
em ondas rebeldes.
Apreciar areias molhadas
exata cor da pele morena
das mulatas ...
das marinhas de Pancetti.

Santa Teresa, 21 de junho de 2011



Quer saber mais sobre o inverno que começa , hoje, no Rio? clique aqui


Calor na cidade do Rio 21 de junho de 2011

A primeira tarde de inverno foi quente na cidade do Rio de Janeiro. A máxima chegou a 32 graus em Santa Cruz (INMET). Na Praça Mauá a máxima chegou a 31 graus (INMET).

Um querido abraço nesse inverno que começa

Maysa

terça-feira, 14 de junho de 2011

VERMELHO AMARGO - BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS








Escrever é um ato de vaidade? Ler comporta generosidade?

As perguntas não querem ser proferidas, mas latejam colam, não desgrudam de nós. Cada frase de um texto escrito pelo autor, Bartolomeu Campos de Queirós, não fica perdida. A gente quando menos espera se encontra no meio delas. O viver, o sofrer, o imaginado, o sonhado, a fantasia que não dá conta da dura realidade.

É de vida que seus livros tratam. Dessa vida que escorre rápida entre silêncios e o falar baixinho, das palavras que tecem e destecem sentimentos...

Ouvi, hoje, mais uma vez, e ouvirei quantas mais me forem permitidas esse autor do sentimento, da reflexão, da memória. Como ele diz: A literatura é a conversa silenciosa entre o autor e leitor. O autor empresta asas ao leitor, e este vai a lugares que nunca o autor poderá ir.

Comprei seu último livro - VERMELHO AMARGO - vou lê-lo com o cuidado e carinho de sempre. Sou uma leitora apaixonada por Bartolomeu.

Se quiserem leiam a sinopse aqui. A Editora é a Cosac Naify.

Tem mais, amanhã, encontro com o autor, no XIII Salão da Fundação Nacional do Livro Infanto Juvenil FNLIJ, no Centro de Convenções Sul-América, na cidade Nova.

Estará no Seminário da FNLIJ às 14:45.

Informações: www.fnlij.org.br

Email: seminario@fnlij.org.br

Tels: 21-22629130

Não percam e depois me contem.

Um abraço

Maysa





segunda-feira, 13 de junho de 2011

APARIÇÃO E MIRAGEM

foto MaysaM.cel/ Jardim Botânico/rio nov. 2010




Aparição e Miragem





Somos nós.


Assim nos completamos?

De ausências, vazios e nãos...

Você, mistério insondável.

Talvez, um bem calculado faz-de-conta.

Eu, sem reflexos nem sinal.

De aparência não permeio

Sua vida dita real.

Dos projetos futuros

Existo no desejo presente.

E qual fetiche se propõe discreto. Efêmero, sem nexo.

Tendo como essência a perversa negação

Do amor, do afeto, da emoção!

Querendo ser por assim dizer

Apenas sexo!


Santa Teresa, 27.07.07

( modificado em 13.06.11)

Maysa