VIVA (N) O RIO DE JANEIRO
Maysa Machado
Desfio e conto nova história, talvez, uma das primeiras
histórias. Meu pai era alagoano e na adolescência, por situações familiares,
foi morar em Recife.
Sua busca era outra. O caçula de três irmãos órfãos, de pai e mãe, tinha espírito
indomado, entrou em um navio cargueiro, cujo destino era S. Paulo. Menor de
idade foi atraído pela grande metrópole, fazia planos para trabalhar por lá.
Não sabia, entretanto, que a intimidade e envolvimento
nutridos com a natureza iam alterar seus planos. Quando viu a beleza da cidade
do Rio de Janeiro, o esplendor da Baía de Guanabara decidiu descer no Porto do
Rio. Contava rindo esse momento decisivo em sua vida. O encanto que o
arrebatara aflorava na conversa, com os amigos, a família.
Mudou seu destino,
criando assim o meu.
Graças à infância, em
seus primeiros anos, vivida em liberdade nas terras da fazenda de sua mãe, em Mata
Grande, interior do Estado das Alagoas.
A natureza em nossa cidade é inclusiva, está ao alcance de todos. Aquele menino acostumado aos banhos de rio, às
frutas colhidas no pé, logo percebeu a oferta que a cidade maravilhosa lhe
fazia. O Rio democratiza, através da bela paisagem, o acesso de todos que
chegam por aqui ao convívio informal, prazeroso, bem humorado e solidário.
Viva (n) o Rio de Janeiro!
Santa Teresa, 02 de março de 2013.
Grande abraço aos amigos, sobretudo aos cariocas de coração. Apaixonados pelo Rio, como foi meu pai a vida inteira. E, meu muito obrigada, à Aninha Guimarães, autora da foto. Carioca desde que chegou aqui e mostra sua paixão fotografando o Rio. Aqui, o flagrante da onda abusada e linda que quase virou sorvete, rsrs.
Maysa