domingo, 4 de fevereiro de 2018

CARIOCAS SOB O AZUL CELESTE E AS NUVENS DE ALGODÃO...





CARIOCAS SOB O AZUL CELESTE E AS NUVENS DE ALGODÃO...



Mar e céu
Favela e asfalto.
Há linhas imperceptíveis
Algumas entrelaçadas
por tênues sinais.
Distâncias geográficas, humanas, sociais
A lida diária é árdua luta
Do sobreviver.

Chova ou faça sol
O instante extasia uns
E o instante extenua outros.
Sob o azul celeste
As nuvens de algodão
Passam, passeiam.
São presentes impermanentes
Da vida, também, passageira.

Mesmo assim somos gratos.
Quantos anos de praia tem vc?
...............

Cariocas amam viver
em liberdade.

Maysa M.
Sta. Teresa, 2 de fevereiro de 2018

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

2018 FELIZ ANO NOVO




2018   FELIZ ANO NOVO



Aos amigos, eventuais leitores e publico em geral


Peço desculpas pela ausência, por mim muito sentida, ao levar o ano de 2017 inteiro, sem passar para conversar, por aqui.

O NINHO E A TEMPESTADE  é, e sempre será para mim, uma metáfora de vida surgida durante as chuvas de verão de um janeiro antigo.

Promessa de Ano Novo.Vou Voltar. Tentarei colocar além da emoção, a indispensável disciplina ao ato de escrever.
Desejo  a cada um os melhores votos nesta trajetória, difícil de 2018, sobretudo em nosso grave momento politico-econômico e social.

A  tempestade:
Moro em casa, e as águas de verão exigem cuidados com tetos e chão. Telhas, calhas, ralos. Verbos corriqueiros, entupir, desentupir, inundar, molhar, e atos igualmente prosaicos. Por pra secar, ou por vezes trágicos.
As cidades à mercê das precárias providências publicas. O que a vista assiste não acaba com o fim da noticia ou do temporal, fica a impotência cidadã à espera da solidariedade, que anda escassa por aí.
O ninho:
Muita reflexão. Altas doses de tolerância e compreensão, ação cotidiana para momentos de paz e união.
O Outro é sempre o melhor aprendizado de nós mesmos.
Saúde. Paz e Amor.
Carinhosamente

Maysa


terça-feira, 24 de maio de 2016

PAISAGEM - Maysa Machado


PAISAGEM


                               Maysa Machado


Amo a vista dessa janela
Desde a manhã primeira
Em tardes mornas e quietas
Na solidão costumeira.
Amo quando a noite vem
E se a lua chega, também,
Se enrosca entre as nuvens
E palmas das palmeiras.
Distante parece um fruto
Doce, iluminado.
Nessa paisagem há magia
Diferente e nova a cada dia.
Tão distante, o pensamento
vagueia ao dissabor
Do misterioso vento
Cujo nome é desamor.


Santa Teresa, 21 de maio de 2016


Retomando o cotidiano...Um abraço com carinho.
Maysa

domingo, 17 de abril de 2016

NOITE ALTA - Maysa Machado























NOITE ALTA


Maysa Machado


Lá fora o quarto é crescente
A lua brilha em C.
A criança pula, corre, sonha
É um convite?
Todo carinho traz alegria
Aninha-se o coração
Flores do jardim na jarra da infância.
Cores. Formas. Paira poesia na sala
Ouvir o silêncio é prazer
Estimulo à serenidade!
A alma se expande
em suavidade e calma!
Bençãos da madrugada!


Santa Teresa, 14 de abril de 2016




Em tempos de tanta inquietação, benditos são os momentos de serenidade.Abraço saudoso

Maysa

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

ROSAS FLOREIAM A SOLIDÃO - Maysa Machado








No dia de hoje, 13 de janeiro, descobri uma nova Maysa.
Faz algum tempo... E, depois, descobri de novo, mas a emoção de ser mãe pela primeira vez é indescritível e permanente.
As rosas cor de rosa lembram o frescor da minha maternidade.
O calor carioca, desse último Domingo, quase detonou o encanto e viço das flores.
Então, pra passar o dia de hoje em boa companhia, criei o arranjo, e misturei aos colares, corações de porcelana rsrsrs porque o meu sempre foi de vidro.

Feliz aniversario, Luiz Antonio, filho querido.


ROSAS FLOREIAM A SOLIDÃO


                                Maysa Machado

Brincando com pétalas
textura macia
Cheiros e lembranças
de cada amor.
Mãe, filha, amante
Em qualquer dia ou momento feliz
Vida conduzida entre
transparências e mistérios
Do acontecido e
do que há de vir...
O que mais me intriga
É, até mesmo, o vivido
guardar em seu âmago
significado protegido.
Rosas floreiam toda solidão
Suavizam carências
justificam ausências.
Por aqui,
encantam o silencio
dourado das manhãs
de cada verão.

Santa Teresa, 13 de janeiro de 2016.





sexta-feira, 20 de novembro de 2015

CASA FLORIDA - Maysa Machado























CASA FLORIDA


                   Maysa Machado



O que adianta todo o preparo, a espera por tua vinda?
A casa está limpa, arrumada.
Flores nos jarros, o vento brinca.
Há movimento, promessas, em uma cama perfumada.
Tudo isso com tal puro amor, dedicação
Apimentado por aquela pitada de excitação. É a vida.
Passam as horas. A corrida contra o tempo ensina.
Compromissos substituídos pela ansiedade de menina.
Gosto de você, de ficar junto.
Olhar tuas mãos, teu jeito sem jeito.
Sofro com meu desavisado coração.
Ausências recorrentes, premonição não precisa de aviso.
Imprevistos? Medos? Premeditação?
Quieta, só entristeço.
Chega tardia e lacônica a negação.
Não virás.
Há um equívoco indiscutível.
Brincadeira com fogo
Com vida, com o desejo do outro.
Espera, assim, é prisão. Punição.
É expectativa plantada
Afeto sincero não carece manipulação.
Não, nenhum mal entendido, por que então?
Sofro com o desejo intenso. Não durmo
Conheço a vigília de cada desilusão.
Hoje, vou esperar o sol, algum novo sorriso.
A luz da liberdade.
Ah! e mais, recusa ao vínculo que atordoa
Trai, magoa e trata mal.
Amar é poder ver e acreditar
No amanhecer em silêncio

Santa Teresa, 20 de novembro de 2015.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

É? - Maysa Machado

foto maysa machado/ rio



É ?

Maysa Machado



A poesia foge por instantes...
Se esconde, adormece,
procura
um canto pra chorar...
Logo, logo ela volta.
Insane, entregue
Encontra teu colo
Pra se aninhar.



SantaTeresa, 17 de novembro de 2015
Um jeito de voltar , sair da tristeza e brincar com a esperança.
Abraços

Maysa

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

TIMIDEZ DESNUDA -Maysa Machado




cortina de aspargus/maysa machado cel














TIMIDEZ DESNUDA 


                Maysa Machado


Faz um tempo...
Desde teu surgimento
A vida coloriu
Desbotou
Em muito momento
Voltou ao clássico p&b
Aos poucos aprendo
Haja discernimento
Jogo e sensibilidade
Entre sombras e luz.
Imagens, sons, silêncios...
Acolhi todas as nuances
Todas as ausências.
Sofri quieta
E alguma vez
Chorei sozinha.
Decifrei
Sonhos secretos
Teus e meus.
Entre nós não há rótulos
Promessas ou sujeição
Dessas tão a gosto
No mundo convencional.
Há mistérios e gozos
Inesgotáveis.
Há vida.
Chamo AMOR
Há vida.
Chamas SEXO.


Santa Teresa, 30 de setembro de 2015.

Fico contente quando me encontro no ninho. Mas há que enfrentar as tempestades.
Abraços saudosos aos que por aqui passam.
Maysa

domingo, 16 de agosto de 2015

ESPAÇO AFETIVO - Maysa Machado




ESPAÇO AFETIVO

                        Maysa Machado


A casa compondo sinfonia
Aqui, todo silêncio é harmonia.
Para além, a beleza da flor...
Explícita é a geometria.

Ao redor, o mundo.
Parede e calha
Múltiplas texturas
Só o tempo atravessa
A aspereza de um muro.

Maciez da pétala
Luz e seiva de vida.
Desfoque o efêmero
De toda exuberância única.
Amar é plural
No singular de te amar.

E por vezes
Sobressai o anil no branco
Teimoso o coração reluzindo...
Batuca no peito
Vida, vida!
O problema é ter medo, do medo.


Santa Teresa 16 de agosto de 2015.

A quem passa, bom Domingo:

Trago com roupagem atual a foto e a inspiração. Gosto muito dessa lembrança.
Está implícita ao sentimento que me move no mundo.

Abraços saudosos .

Maysa