Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você
PS: O amor renova cada dia e a vida inteira.
Abraço
Maysa
2 comentários:
Linda, Prima!
Que letra tem essa canção! Só mesmo Chico para nos brindar com imagens tão belas - um Rio submerso (profecia?) mas que guarda consigo a intensidade de um amor que resiste à passagem gos milênios!
E que outro compositor poderia colocar, na mesma canção, "posta-restante" e "escafandristas"?
Um fraterno abraço!!!!
Saudade Érico
Essa música é tão linda que me emociona sempre, muito.
Além de colocá-los lhes dá sabedoria... Os escafandristas, só êles alcançarão os vestígios dos amores findos:
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
De um tempo em que a mentira e a delicadeza eram parceiras...
Beijos
Grata por ter feito o comentário ele sp nos estimula.
Maysa
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