sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

VIORICA GURAU- PARADOXE DU TEMPS

foto Viorica












A cada dia basta o seu cuidado" - Mateus 6, 24-34


Passamos o Dia de Reis, eu e minha amiga poeta, juntas!

Matamos a saudade. Atualizamos o papo cotidiano interrompido há muitos meses, independendo de nossa vontade.

Seu filho mais novo brincava por perto. Um menino doce, esperto. O pequeno cãozinho, parte da vida doméstica, corria, latia, divertindo o garoto. Nossos corações bateram felizes durante a singela e improvisada comemoração do Dia dos Reis Magos.

Lembranças e lembrancinhas entregues entre um gole e outro de chá gelado... A felicidade nos visita, e por um fim de tarde, somos companheiras da boa sorte.Voltando a compartilhar o tempo, falando de poesia, de amor, de vida... E saúde. De pessoas próximas ou das que já estão distantes. Há mútuo entendimento sobre as distâncias e o tempo.

O tempo - esse fio condutor - enlaça e desenlaça sentimentos. Reúne e espalha propósitos. Revi seus poemas, escolhi alguns e insisto, com ela:

- Precisa publicar!

Ela sorri, suavemente, e me diz:

-Estou voltando! Fico só mais uns dois meses por aqui!

O tempo acabou!

A permanência da família na terra do sol, está se concluindo.

E, de novo, o tempo é curto para preparar a volta, escolher o colégio das crianças, embalar as coisas da mudança de um continente ao outro.

De novo distância e tempo se aliam.

E nós... Amigas encontradas porque gostamos de escrever poesia! O tempo não espera.

Escolhi para homenagear a amizade e a vida o poema "Paradoxe du Temps". Escrito em francês, língua em que Viorica se comunica com o mundo. O tempo voa.

Após nossas observações sobre tradução e traição (rsrs) mantenho-o no original. O tempo é precioso. É música para a alma. Basta ouvir.


Paradoxe du temps

Le temps s'en va.
Le temps s'envole.
Le temps s'enfuit.
Le temps n'attend pas.
On perd son temps.

Ca demande du temps.
Prennez votre temps!
Le temps est précieux.
Le temps guérit tout.
Le temps est notre allié.

Et cette seconde
où je m'allonge,
où mon ame reve,
est la meme qui
inexorablement
s'éteint.

V.Gurau, 17.10.2010

Buenos Aires

Um carinhoso abraço e...com tempo!
Maysa

Nenhum comentário: