segunda-feira, 11 de abril de 2011

FERNANDO PESSOA - PLURAL





Plural como o Universo é a exposição sobre a obra poética de Fernando Pessoa.
O público carioca a recebe desde 25 de março, apressem-se não ficará muito tempo.
Convém escolher uma tarde ou noite, com cuidado e muito carinho.
Tenho notado, com relativo mal estar, um outro público que acorre às exposições. É barulhento, dispersivo, nada de alegria e sim um novo tom de euforia. Há quem marque o programa da noite, ao vivo ou pelo celular, diante de uma obra de arte, mal percebida, lida ou vista. Atrapalhando os que foram lá para apreciar, refletir.
Já aconteceu de sentir, se me colocassem de olhos vendados, estar chegando ao Baixo Gávea dos anos 70. Calma gente, uma coisa é uma coisa.
Plural como o Universo é um importante momento para os jovens descobrirem a obra de Pessoa, e nós os mais velhos usufruirmos sua poesia, com os ares da maturidade, em silêncio de prece, se possível.
Vamos lá?

O projeto cenográfico de Hélio Eichbauer, inspirado em um dos livros do poeta, Mensagem, tem como identidade visual o mar e os diferentes tons de azul da água e do céu, o que remete à época dos Descobrimentos e das grandes conquistas de Portugal. “A idéia é sugerir viagens mentais e espirituais, em torno das ruas de Lisboa, das aventuras dos heterônimos e do próprio Fernando Pessoa”, diz o cenógrafo.

Ainda como parte da concepção cenográfica, há um grande pêndulo representando o tempo. Ao lado dele, trechos de poemas são projetados e apagados pelo mar em tanques virtuais de areia. “Ao fundo, como se fossem duas janelas, são projetados dois vídeos, um deles mostrando pessoas, em meio a uma multidão, recitando Pessoa.”

Fonte: Agência Brasil

Local: Centro Cultural dos Correios- Centro do Rio


Datas: de 28 de março até 22 de maio, com entrada franca.


Meu abraço carinhoso.
Maysa


2 comentários:

AC disse...

Maysa,
Pela descrição, a exposição deve estar cativante e convidativa a mergulhar no(s) mundo(s) de Pessoa. Fico contente.

Beijo :)

Maysa disse...

Querido AC

Concordo a priori. Ainda, não fui vê-la. Acredito que precisei de um tempo para retomar a rotina da vida.
Estamos todos nós cariocas muito abalados com a tragédia de Realengo.
O que nos salva sempre é olhar para dentro com compaixão e para fora com admiração.
Amar a vida faz-nos muitas exigências pessoais.
Beijo
Maysa