É TUDO PASSARINHO OU UM TRINADO, ATÉ AQUI, NUNCA OUVIDO.
Maysa Machado
Tempos de inquietude, incessantes ruídos, silêncio escasso. Quase sempre surgem nas manhãs, e nos despertam aos solavancos. Ah! Mas haverá alguma em que o canto de um pássaro te alcança primeiro.
Tempos de inquietude, incessantes ruídos, silêncio escasso. Quase sempre surgem nas manhãs, e nos despertam aos solavancos. Ah! Mas haverá alguma em que o canto de um pássaro te alcança primeiro.
Aconteceu, hoje, acordei com um trinado desconhecido, aí a vontade
incrível de abrir a porta do quarto, que dá pra varanda do mundo, e ver o dono
do som. Contive a inquietude, que dormira de véspera comigo, fiquei toda
ouvidos, agradeci contrita o dom de, apenas, ouvir.
Outros trinados acordaram minhas manhãs e mais outros, com
otimismo, aguardo. E esse canto, que nunca ouvira, trouxe, com ele, por
inteiro, o frescor da vida.
O novo desperta, em nós, a seiva que guardamos,
por vezes, em lugares impróprios. Mal resolvidos, grávidos da rotina engendrada
em mágoas, tristezas. Quase uma ressaca de viver e não conseguir aceitar a oferenda
recebida.
Amo o silêncio. Amo os dons e sons da música, e suas pausas que falam; caminhos que constroem nova unidade, novo vir a ser. Quase toda subjetividade é amalgamada em sonhos, esperas, novos trinados para serem percebidos.
Amo o silêncio. Amo os dons e sons da música, e suas pausas que falam; caminhos que constroem nova unidade, novo vir a ser. Quase toda subjetividade é amalgamada em sonhos, esperas, novos trinados para serem percebidos.
Santa Teresa, 10 de setembro de 2013.
Um abraço aos que por aqui chegam.
Maysa
foto: sanhaço comendo cereja in http://marciliodiasdistrito.blogspot.com.br/2013_01_01_archive.html
Maysa
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