Tudo o que nosso mundo precisa é AMOR.
domingo, 27 de março de 2011
MELODY GARDOT - All That I Need Is Love
Tudo o que nosso mundo precisa é AMOR.
O MAIS É NADA - FERNANDO PESSOA
Navegue, descubra tesouros, mas não os tire do fundo do mar, o lugar deles é lá.
Admire a lua, sonhe com ela, mas não queira trazê-la para a terra.
Curta o sol, se deixe acariciar por ele, mas lembre-se que o seu calor é para todos.
Sonhe com as estrelas, apenas sonhe, elas só podem brilhar no céu.
Não tente deter o vento, ele precisa correr por toda parte, ele tem pressa de chegar sabe-se lá onde.
Não apare a chuva, ela quer cair e molhar muitos rostos, não pode molhar só o seu.
As lágrimas? Não as seque, elas precisam correr na minha, na sua, em todas as faces.
O sorriso! Esse você deve segurar, não deixe-o ir embora, agarre-o!
Quem você ama? Guarde dentro de um porta jóias, tranque, perca a chave!
Quem você ama é a maior jóia que você possui, a mais valiosa.
Não importa se a estação do ano muda, se o século vira e se o milênio é outro, se a idade aumenta;
conserve a vontade de viver, não se chega à parte alguma sem ela.
Abra todas as janelas que encontrar e as portas também.
Persiga um sonho, mas não deixe ele viver sozinho.
Alimente sua alma com amor, cure suas feridas com carinho.
Descubra-se todos os dias, deixe-se levar pelas vontades, mas não enlouqueça por elas.
Procure, sempre procure o fim de uma história, seja ela qual for.
Dê um sorriso para quem esqueceu como se faz isso.
Acelere seus pensamentos, mas não permita que eles te consumam.
Olhe para o lado, alguém precisa de você.
Abasteça seu coração de fé, não a perca nunca.
Mergulhe de cabeça nos seus desejos e satisfaça-os.
Agonize de dor por um amigo, só saia dessa agonia se conseguir tirá-lo também.
Procure os seus caminhos, mas não magoe ninguém nessa procura.
Arrependa-se, volte atrás, peça perdão!
Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se achá-lo, segure-o!
“Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala. O mais é nada”.
Fernando Pessoa
sábado, 26 de março de 2011
POEMAS DE ANA MARTINS MARQUES - POESIA NO COTIDIANO
Alguns dos que passam por aqui n' O Ninho e a Tempestade sabem que sou leitora assídua do Caderno Prosa & Verso, aos sábados. O jornal - O Globo- circula em quase todas as capitais do país.
Essa manhã me delicio com o artigo do poeta Carlito Azevedo (1), os poemas de Ana Martins Marques (2), e as ilustrações de Alvim.
Desperto bem. O texto de apresentação - Paisagem, travessia e símbolo - flui, o poeta, crítico e editor não podia nos oferecer instigação maior que as reflexões provindas dos poemas de Ana, no livro "A vida submarina".
E é, justamente, com esse ainda não da vida real, que algumas vezes nos encontramos, é com ele que precisamos ajustar as contas do desejo e do fazer.
Ana nos diz:
"Não tenho muita rotina para escrever. Acho que a poesia é uma forma de atenção, um modo de olhar as coisas. Sempre levo um caderno e lápis na bolsa e vou anotando o que aparece: pode ser uma imagem, uma palavra, uma citação; com alguma sorte, um poema inteiro. O resto é trabalho de reescrita. Acho que a leitura e a escrita possibilitam uma relação diferente com a linguagem e também com o tempo, uma relação não pragmática, e abrem assim um espaço de liberdade que eu considero essencial."
como a cera
e o sol
e no entanto
parecemo-nos
como se parecem
o açúcar e o sal
devemos
porém
deixar
de insistir
pois se até
Ícaro
caiu
em si.
Dividem o peso dos anéis.
Uma nunca aprendeu a escrever.
Com isso a outra tornou-se mais silenciosa,
mais firme, mais acostumada ao adeus.
Em alguns gestos entram as duas
numa mesma coreografia
como quando é necessário contar algo
mais que cinco.
Aceitam as manchas dos anos
como solteironas
que envelhecem juntas.
(2) Ana Martins Marques- Poeta mineira. Cito aqui poemas publicados no livro A vida submarina (Editora Scriptum, 2009)
Não esqueçam a poesia cotidiana que a vida sempre nos oferece.
Maysa
quinta-feira, 24 de março de 2011
SAIA DO MEU CAMINHO- CUSTÓDIO MESQUITA E EWALDO RUY
Quem ama agradece todo dia o amor por perto, que aquece, anima e também transforma!
Mas chega um dia... Tomar a decisão de não mais caminhar junto...É difícil, muito!
Quem sabe o piano do Tom inspira? A voz de Miúcha ajuda? Mais coragem?
Se quiser a gente repete na voz de Elizeth, Dalva ou Aracy! O bom é que Custódio Mesquita e Ewaldo Ruy criaram este belo samba canção. Dor de cotovelo? É assim foram chamados os sambas que tratavam o tema do desamor.
Anos mais tarde eram conhecidos por fossa! Se você cair na fossa... Dizem que é raro, hoje em dia, as pessoas só ficam, não arriscam um mergulho no tempo do amor ou da paixão, mas se você for diferente e se apaixonar, se der certo cante a alegria, cante.
Se der tudo errado cante da mesma maneira... Cantar faz bem a alma e ajuda a voltar para o mundo real cheio de contradição, incompletude e desenganos. O que seria de nós sem a música, sem as canções de amor com um belo ou um triste fim?
Aproveitem como eu, e cantarolem...
Se puderem sigam o ditado: Quem canta seus males espanta! Não vale desafinar... Só beijar na boca! Que é um dos melhores presentes da vida.
Com meu carinhoso abraço
Maysa
domingo, 20 de março de 2011
CURARE - BORORÓ - JOÃO GILBERTO
Essa música eu amo! Amo. É como sentir a força e o que vale o amor, quando entra bem definitivo, em nossos corações.
Bororó, seu autor fez também Da Cor do Pecado, outra canção maravilhosa.
CURARE é veneno! Aprendemos primeiro seu poder letal em flechas certeiras... Nos bancos escolares. CURARE a música só muito depois aprendi. Continua veneno, como amor invade as veias conduz ao êxtase ou a morte.
A beleza feminina, apreciada na poesia, era desenhada pela própria natureza!
Tão distante de muita boniteza, em nossos dias, onde uma plástica perfeita é indicada pela computação gráfica e bisturis comandados por azes, quem produz.
Fazer do amor confusão, uma misturação... Bem banzeira inzoneira
Que tem raça e tradição...
Numa misturação
bem banzeira, inzoneira,
que tem raça e tradição
Nega, neguinha, tudo, tudinho
Meu amorzinho
com essa boquinha vermelhinha
rasgadinha tem veneno como quê
Conta tristeza e alegria pro seu bem
Que tudo vive a dizer
Que você é diferente
Dessa gente que finge querer
sábado, 19 de março de 2011
AFRICA ETERNA - RUI DE OLIVEIRA
sexta-feira, 18 de março de 2011
CECÍLIA COIMBRA
CECÍLIA COIMBRA
Uma senhora mulher! Nossa querida companheira de lutas e alegrias!
Se completar 70tinha é poder chegar com garra e alegria inusitadas, comemorar com saúde e muitos amigos a data, isso é para poucas! Cecília chegou lá, ou melhor, no aqui e agora! O melhor lugar do mundo.
Entre as inúmeras conquistas que, nós mulheres alcançamos, uma delas tem sido ultrapassar ditames do mundo capitalista e, ainda, machista sobre o que é ser mulher! Nossa geração, a do final dos anos sessenta, conquistou vários direitos virando pelo avesso conceitos e preconceitos. Aprendemos cedo que não se nasce mulher...
Ser saudável e saborear momentos felizes na maturidade são conquistas. Continuar a influir participando, crítica e de forma coerente, nos processos políticos e sociais, também. Tivemos nossa juventude, que foi posta à prova nos quesitos coragem, amor, persistência, ideologia. Tivemos a impressão que em determinado instante mudaríamos o mundo – para melhor. Priorizando a justiça social, a liberdade democrática, a união entre os povos, as novas expressões do amor, de preferência livre!
Hoje temos nossas histórias de vida - que nem sempre são conhecidas pelos que estão próximos de nós - para lembrar, contar, encontrar. A produção do esquecimento, feita pelo processo de anistia possível e incompleto, deixou de fora muita história de jovens brasileiros que doaram a vida pelo ideal.
Cecília comemora aniversário, e nós, seus amigos, recebemos o presente!
Quarta-feira, dia 16, num restaurante no bairro da Lapa... Das 18hs até a meia-noite, para não se correr o risco da carruagem virar abóbora.
Reencontros, lembranças quase soterradas floresciam entre uma taça de vinho ou um copo de cerveja gelada! Amigos que não se viam por dezenas de anos... Entregues aos abraços e beijos amorosos! Muita música para ilustrar a efervescente companhia. A melhor trilha sonora de nossas alegrias, tristezas e perdas. Depusemos evocações e lembranças nos lugares... De honra. As redescobertas intactas nos preciosos instantes... De celebração.
Cecília aniversaria. Em sua festa as imagens de jovens substituídas pela presença de companheiras (os) amadurecidas (os) pelas perdas, e temperadas (os) com a sempre renovada esperança. Um brinde à Vida!
Não mais sofremos com as mudanças de projetos, mas, sobretudo, celebramos a insistente teimosia de ver um mundo melhor! Há que compartilhá-lo, também, com filhos e netos!
Um mundo melhor conseguimos construir juntos: O da solidariedade, o da luta organizada em prol de um ideal, o do companheirismo que se quer alegre!
FELIZ ANIVERSÁRIO CECÍLIA:
VIVER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ/ CANTAR E CANTAR E CANTAR/ A ALEGRIA DE SER UM ETERNO APRENDIZ! ...Dos versos de Gonzaguinha.
N.A. Cecília Coimbra : Psicóloga, Professora aposentada da Universidade Federal Fluminense (UFF), Presidente e Fundadora do GTNM/RJ, Conselheira do Conselho Regional de Psicologia – 05 (CRP/RJ).
MAYSA MACHADO
Santa Teresa, 18 de março de 2011
terça-feira, 15 de março de 2011
CLEMENTINA - CLARA - DONA IVONE -
"Sonho meu! vai buscar quem mora longe!...
segunda-feira, 14 de março de 2011
CHARLES AZNAVOUR - FOR ME... FORMIDABLE.
PERSCRUTANDO O AMOR
PERSCRUTANDO O AMOR
Maysa Machado
Todo amor é mistério.
Se pode adoecer...
Há quem experimente
Renascimento.
Amor maltratado dá
Trabalho, arrependimento
Para uma vida inteira.
Vira remorso
Se às costas lhe oferecemos.
Um vir a ser constante se
Dispomos de coragem, alegria
E assim, o recebemos.
Amor não tem fórmula precisa
Nem forma exata...
É variado, desconforme.
É para quem tem
Fé, tesão, desapego.
Para amar primeiro
É preciso se amar...
Convém que seja por inteiro.
Depois... Aprende-se
A conjugar o verbo
Em todos os tempos
E modos.
Há que decorar
O imperfeito e o mais que perfeito.
Por vezes será preciso repetir baixinho
Eu amo. Amei. Amarei.
E se alguma dúvida surgir
Não ter medo nem de se perguntar:
Eu sou capaz de amar?
Santa Teresa, 14 de março de 2011
Que a semana seja plena de paz e inspiração para todos. Hoje é o dia nacional da Poesia, então
com carinho um pouco de Mário Quintana.
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Maysa