segunda-feira, 31 de outubro de 2011
NELSON CAVAQUINHO III
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
CENTENÁRIO NELSON CAVAQUINHO
sábado, 22 de outubro de 2011
POESIA - MAYSA M.

Maysa M.
Poesia é alguma forma
jeito ou gesto.
Um existir no mundo.
Arranca-nos o fôlego
ou nos devolve o ar.
Poesia de nada, mesmíssimo
nada, precisa.
Num átimo traz
o que falta te faz
inventa o que não traz.
Levanta suspeita
lembranças de um amor esquecido.
Poesia confia.
E te elege único
não, um solitário.
Santa Teresa, 22 de outubro de 2011
Aos que por aqui chegam, um brinde à poesia.
Ilustra esse Sábado a tela Caiçara, da pintora Iracema Arditi. Para quem quiser ver e aprender sobre sua vida e seus quadros , sugiro ir aqui.
Abraço
Maysa
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
AFONSO MACHADO - LIVRO SOBRE NELSON CAVAQUINHO

quarta-feira, 12 de outubro de 2011
SÃO NUVENS? - Maysa M.

São nuvens?
Diáfanos véus da delicadeza.
São sonhos?
Enlevos que a imaginação traz.
São pérolas?
Palavras de encantar.
São Pessoas?
Que ainda conjugam o verbo
Amar.
Santa Teresa, 12 de outubro de 2011
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
FLOR E VIDA - MAYSA M.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
O NICHO - MAYSA M.
criação sobre vinil de Alice Espínola/
coleção da autora do blog
O NICHO
Maysa Machado
Entrar numa de ficar calada, só observando a história, sem palavras, acontecer.
Foi assim que seu amor durou, ou pode se vangloriar de ter existido. Uma revelação tanto para Lali, quanto para o misterioso amante. Ninguém acreditava naquilo. O filho dizia que o sujeito devia ser maluco. Ela pensava que maluca era ela mesma. Onde havia ficado a militante, a mulher moderna que construía falas e ações sobre a liberdade? O curioso é que assim, calada, ninguém diria que eram as mesmas.
Muito tempo se passou. Advindas da frustração perguntas silenciosas pediam lugar às certezas. Foi se descobrindo terna consigo desapegada com os outros. Ciumenta nunca fora. O sentimento do amor lhe trouxe brilho e viço. O felizardo, aquele que fruía e usufruía, não chegava nem perto do processo de autoconhecimento, agora, travado por aquela mulher sensível. Sem intenção, fora um bom professor.
Dias consumidos. Primeiro na ilusão de que o tempo ajustaria os senões da pouca convivência, depois sugados na ansiedade por mudanças. E a paixão incomum, deixando - como em todas as emoções - uma juvenil fragilidade, no ar.
Morte e renovação aconteciam. Foi, devagarinho, se reinventando. Dor e espanto misturando-se à alegria de viver. Um dia acordou e percebeu que, mesmo sem a presença do amado, continuava feliz "com" ele. Talvez por isso, por sua ausência. A vida em liberdade fora construída e as amarras, de quase todos os vínculos contemporâneos, inexistiam...
Deixou de lado qualquer premeditação, retomou o encantamento do primeiro encontro. Como um vício transformado em virtude sorveu do amor, um pouco a cada dia... E só por cada vez.
Santa Teresa, 3 de outubro de 2011
Abraço para os que aqui chegam.
Maysa
STORMY WEATHER - BILLIE HOLIDAY
sábado, 1 de outubro de 2011
2º FESTIVAL DE CONTRABAIXOS DO RIO DE JANEIRO


sexta-feira, 30 de setembro de 2011
E QUANDO SETEMBRO VOLTAR...Maysa M.

Último dia de um mês cheio de surpresas. Perdas, lembranças incômodas, mas lindas flores no percurso da exposição de orquídeas, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Preciosos silêncios, acompanhados por neblinas e expectativas suaves de amores e carinhos, que não sejam vãos.
Aniversários de pessoas queridas, por vários motivos, não comemorados. Uma adorável pré-adolescente que, por viagem, teve a oportunidade de estar no início do outono em N.Y e voltar para fruir a chegada da Primavera, em nosso hemisfério.
Setembro sempre teve a mística de renovação cíclica. Um dos períodos mais promissores, onde fazer planos e sonhar não nos custa nada.
Setembro vai, e vai se embora, mas deixa entre as lembranças a história da companheira de lutas políticas que partiu. Quem conviveu com Alaíde, conheceu e amou uma mulher admirável. Corajosa, humana, digna e muito, muito honesta com seus princípios, lealdade aos companheiros e a causa de um mundo melhor e mais justo.
Sem nunca se apartar da beleza e feminilidade. Aprendi com sua amizade, ouvi seus conselhos amorosos sobre qualquer assunto.
Em um só dia a vida nos ensina o que passamos a compreender na ausência de quem amamos.
Um dia, num setembro próximo, as flores em silêncio nos falarão, através das formas, cores e cheiros, da renovação dos ciclos de vida que não terminam, apenas se transformam.
Santa Teresa, 30 de setembro de 2011
Maysa