O DIA DE FINADOS OU AS FLORES... PELA HORA DA MORTE.
Maysa Machado
O dia amanhece quieto, silencioso, envolto em leve calma. Um
galo canta por preguiça, já passando das 7 h da manhã. Os passarinhos trinam e
num vai e vem agitado pousam entre folhas, e beirais.
O silêncio da manhã me agrada. Janela aberta pro lado do
mar. Um raio morno de sol vem me aquecer o corpo.
É a vida que sopra,
acorda, aquece, encanta e um dia adormece na eternidade dos cemitérios, das
casas, ou se despede com pressa nas ruas, nos hospitais.
Lembro de todos que amei e que tiveram amor por mim. Lembro
dos que admirei e segui. Lembro dos desencontros, da pressa, e a saudade passa
de mãos entrelaçadas com a brisa dessa manhã quieta e fresca, como um sorriso.
Não costumo ir ao cemitério homenagear os mortos queridos,
devia mudar esse hábito... E tantos outros precisam mudar.
Tenho motivos de sobra para ir visitá-los. Saudades.
Necessidade do silêncio, que nem sempre chega pela manhã. Dizem que o silêncio
é uma forma de oração. Acredito.
Reúno minhas lembranças, nelas imagens primeiras ou únicas
de meus queridos, nossas semelhanças e divergências. Reúno-me e respiro o ar da manhã, usufruo o
silêncio como um prêmio. Olho para as flores silvestres do pequeno jardim.
Meus sentimentos, meus sentimentos aceitam a ausência, a
perda dos que já partiram. Preparo o coração para seguir o caminho, com a mesma
pergunta que nunca sabemos responder.
Mais um Dia de Finados feito para reverenciar e agradecer,
em silêncio, a vida. Que os entes queridos descansem em paz na eternidade de
nossos afetos.
O bem-te-vi grita, pra quem quiser ouvir, o seu recado.
Santa Teresa, 2 de novembro de 2013
Fica a sincera homenagem ao queridos ausentes, mas contínuos inspiradores de nossos dias.
Abraço.
Maysa
Fica a sincera homenagem ao queridos ausentes, mas contínuos inspiradores de nossos dias.
Abraço.
Maysa
Nenhum comentário:
Postar um comentário