quinta-feira, 24 de outubro de 2013

AMO VOCÊ - Maysa Machado

 Rio clicado da Vista Chinesa/ Ana Rebes Guimarães/ 
 luz da manhã/outubro de 2013











AMO VOCÊ

                                   Maysa Machado




Palavras são desnecessárias

para o intenso sofrer.

Os fortes cultivam em silêncio

suas dores, sem nada dizer.

Choro por tudo 

Um quase nada.

Tanto faz.


Ninguém vai querer saber.


Amo sua presença

Seu jeito de olhar.

O amor traz sentido

Enganos, tristeza e dor.

O amor ameniza

A angústia de existir.

Colore sonhos, exala perfumes.

O amor consola.

Aplaca medos e trevas

O amor... É entrega.

Sinto o amor 

Humanizo-me.

Nessa calma aparente

Navegam tempestades

Você é a tempestuosa calma.

O instante se instala, de passagem,

No espaço da casa.

Momento e ação. Você

Suaviza a têmpera indomável

Que era minha.

Imprevisível, incontrolável

Faz-se ausência quando quer.

Tanto irrita, tanto faz.

Falta mais que um pedaço.

O amor refaz nossa visão do mundo

O sentir e o saber de si.

Resisto.

Pra quê?

A cada dia mais é preciso

... Aprender. Sonhar. 

Amar em silêncio.

Como eu amo você.


Santa Teresa, 24 de outubro de 2013.


Palavras insistem em traduzir sentimentos e pensamentos. O silêncio faz melhor.
Um abraço aos que passam.
Maysa

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

SÓ VINICIUS - Maysa Machado






SÓ VINICIUS
                                                                                                                                                                                                                                                   Maysa Machado

Vinicius partiu cedo. No entanto, as marcas de sua passagem continuam enriquecendo todas as gerações. Pergunte aos jovens que não o conheceram, nem o assistiram em seus shows musicais. Sobre o poeta, letrista incomparável e carioca, sedutor e bem humorado, pairam muitas histórias.
 A obra literária, poética e musical, e mesmo os fatos da vida pessoal desfilaram ante o olhar apaixonado de todos os brasileiros.
 Vinicius espalhou e sorveu AMOR. 
 Encantamento há com as tristezas e alegrias amorosas. Melhor vivê-las que não tê-las, quem pode aprendeu com Poema Enjoadinho.
Toda a obra do “poetinha”  mostra como só se transpõe, vida a fora, vivendo, intensamente, colorindo ou apagando as dores do amor.
 Com irreverência e permanente mordacidade, Vinicius, tratou as convenções de sua época.
 Vinicius nunca passará. Conquistou o amor de seu povo. 



POEMA ENJOADINHO


Vinicius de Moraes





Filhos... Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem xampu
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!

Abraço aos que amam poesia, e lembram do Vinicius com carinho. Um carioca que muito enriqueceu o nosso jeito de ser.
Maysa.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

PRIMAVERA PASSEANDO AQUI EM CASA - Maysa Machado

fotos maysa machado/ cel/outubro 2013










PRIMAVERA PASSEANDO AQUI EM CASA


                                                                            Maysa Machado

Flocos brancos de nuvens passeiam no céu. Flores, lavandas, pitangas, pimentas no jardim... Passeiam, também.
Até eu passeio. Fui rever a Cinelândia, no dia seguinte à manifestação em prol da Educação, e trouxe frases, passagens da luta por cidadania, que resvala na angústia de ser brasileiro.
A Primavera de aparência suave, rotineira... Ameniza o calor forte, traz chuvas com seus ventos caprichosos, imprevisíveis.
Alergias aos sensíveis. Tédio pra ninguém.
Passa depressa a vida, dizem. Intensa, declaro eu. Nem dá tempo pra viver tanta coisa. Nem pra acalmar o espírito com a perda que, a esta altura, não é pouca.
Descubro um travo, feito cica em fruta, é a frustração de sentir que o mundo empobrece quando parte alguém especial... Que a gente se emocionou ao perceber, e chamar de "gente".
Felizmente, lixo humano não traz saudade.
Nostálgica, pelos tempos atuais, em que: A cultura - na aparência - se acomoda, a cidadania resta incompleta, os sonhos despertam à míngua.
O pragmatismo vence todas. A ilusão está caducando, e o surreal é que, ainda, nos dá alento inesperado.
Mais um brinde à Primavera! Tão discreta, passeia pela casa florindo, verdejando, trazendo pássaros e pólen, multiplicando... Esperanças.

Um brinde à vida! Tão intensa pode se aconchegar em nosso dia-a-dia, sem pedir licença.

Santa Teresa, 9 de outubro de 2013.

Grande abraço de Primavera.
Maysa

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

ABIGAIL, DAGMAR e JULIETA – Presente, passado e futuro- Maysa Machado











cartaz dos professores em luta por salarios e condições de trabalho dignas.

Desenho de alunos da Escola Francisco Alves , em Botafogo, Rio.


ABIGAIL, DAGMAR e JULIETA – Presente, passado e futuro.

Por um princípio da Escola Pública: investimento na formação do indivíduo.

                                                                                          Maysa Machado

Três mulheres importantes, para todo o sempre, em minha vida. Não pude dizer-lhes isso. O tempo seguiu, e de criança à mulher adulta, nunca mais as vi.
Digo, agora, em público, comovida por boas lembranças vividas na Escola Primária Francisco Alves, em Botafogo, na Rua da Passagem. As três minhas professoras primárias.
 Os dolorosos e absurdos fatos, suscitados pela violência de estado, contra a greve, em curso, dos professores municipais do Rio, deviam encorajar, a todos, a saírem em defesa dos mestres, desrespeitados pelos governantes e policiais, nas ruas do Rio, na Casa do Povo - Câmara dos Vereadores e nas salas de aula.
Conto aqui, com direito à subjetividade que me representa sobre as três mulheres. Elas me apresentaram o mundo. Um lugar maior, e distante do lar, do afeto materno e paterno, e precisava se tornar próximo; que as pernas pudessem alcançar sozinhas, onde a barra do vestido da mãe não podia levar.
DONA ABIGAIL
Professora do Jardim de Infância, na referida Escola Pública, me ensinou a ler. Descrevo-a: Alta, magra, sem um pingo de pintura, era mulher feita, cabelos castanhos cacheados, beirando o ombro, óculos, e movimentos precisos, porém suaves. Um grisalho nos cabelos.
 Aprendi deslumbrada, em ambiente calmo e lúdico, os sons e significados das letras. Ouvindo histórias, folheando os primeiros livros, descobrindo as ilustrações, e estas mostrando a riqueza dos detalhes, nas figuras.
 Não era proibido sonhar, imaginar, desejar, perceber. Talvez, o proibido ali, fosse faltar aula.
 Aprendi a construir palavras, e com elas a pensar. As palavras me transformam e dão significado à vida.
A sala de aula, lembro bem, era ampla, porém aconchegante, arejada, luminosa. Ficava ao fim do pátio do prédio antigo principal, onde os alunos das turmas do primário estudavam.
Anos passados, a ganância institucional, aliada ao poder político, demoliu o lindo prédio de valor arquitetônico, no bairro de Botafogo, e colocou, na rua lateral, duas caixas horrendas de concreto.
A valorização do metro quadrado do terreno, na rua principal, onde a escola ficava, foi determinante para a demolição. O lugar da memória se manteve no imaginário daquelas crianças. Essa construção é permanente.
O atual governador do RJ quis fazer o mesmo, sem sucesso, pela intensa movimentação popular, com escola no complexo do Maracanã.
Existe algum governante - aqui no Estado do Rio e no Município do Rio- com o propósito de respeitar e contribuir para essa formação básica?
Quais são as condições e instalações físicas atuais nas escolas publicas? O que as crianças, de hoje, e seus mestres, recebem dos governantes para, desenvolverem juntos, essa importante etapa na vida de qualquer pessoa.

A luta de todos nós, parece-me que é defender, proteger crianças e mestres contra as agressões à formação do indivíduo.
E quais são as garantias democráticas que podem proteger os indivíduos de toda forma de agressão aos seus direitos de pessoa?
 A Constituição não está sendo respeitada. Presente preocupante e Futuro imprevisível.
A LUTA CONTINUA.
Santa Teresa. 2 de outubro de 2013.

Abraço aos que por aqui passam.
Maysa

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

27 DE SETEMBRO - DIA DE COSME E DAMIÃO – E A TRADIÇÃO DE OFERECER BALAS ÀS CRIANÇAS. Maysa Machado










27 DE SETEMBRO - DIA DE COSME E DAMIÃO –
E A TRADIÇÃO DE OFERECER BALAS ÀS CRIANÇAS.

                                                                               Maysa Machado


Cuidado ao volante, motoristas, hoje é dia de Cosme e Damião!
Muita criança correndo pelas ruas, atrás de balas, doces. Então, atenção redobrada.
Nos subúrbios cariocas, e por outras zonas da cidade, surge alvissareira a agitação do bando colorido de crianças. Em sua grande maioria pobre, descalça, ávida por presentes.
O tempo da infância exige pressa. Cuidado motorista.
A bola corre para além dos pés ligeiros e ao longe desafia a retomada. O gol é, e sempre será, a meta.
No dia de Cosme e Damião, de novo, a criança corre atrás.
Das recordações longínquas, o grito maior tem volume, comando e coreografia:
— ‘Tão dando bala ali!
Dando bala, doces, e junto a ilusão, a imaginação escondida dentro do saco de papel, com a estampa colorida dos santos gêmeos.
O prazer de saborear as guloseimas, o prazer, simplesmente.
Ajudai-nos a criar nossas crianças com fantasia e alegria. Protegei nossa infância tão subnutrida, esquecida, desamparada.
Balas, doces, confeitos, ao invés, de balas perdidas, nas subidas e quebradas, da cidade Maravilhosa.
 Protegei oh! Cosme e Damião a criançada.

Santa Teresa, 27 de setembro de 2013.

Grande abraço aos devotos dos Santos Cosme e Damião.
Maysa

domingo, 22 de setembro de 2013

SE A PRIMAVERA FOSSE GENTE - Maysa Machado

orquídea de quintal/maysamachado/by cel/setembro de 2013




















SE A PRIMAVERA FOSSE GENTE


                                              Maysa Machado



Se a primavera fosse gente...
Seria mulher. Delicada, bela
Discreta, muito inteligente.
Traria consigo promessas e sonhos
Todos possíveis. Alguns, tão bons
Podiam ser sonhados, novamente.
Se a primavera fosse gente...
Seria forte. E permanente.
Atravessaria o deserto de afetos,
Os medos que povoam a vida
E assustam o coração da gente.
Se a primavera fosse gente...
Alcançaria com simplicidade e precisão do gesto
O desconhecido futuro e o traria para o presente.
Se a primavera fosse gente...
Guerras, dor e morte
Não sufocavam as noites insones.
Surpresas boas nasceriam juntas
Com o amanhecer dos dias.
Se a primavera fosse gente... Como a gente
As flores perfumadas, coloridas, diferentes
Após corte seriam exibidas em translúcidos cristais
Da beleza suntuosa ao destino efêmero
Dos buquês de noivas.
Ao choro contido das coroas fúnebres
Pranteando a partida.
A primavera, por absoluta necessidade, é estação.
Chega com data marcada, previsível.
Pródiga. É uma no hemisfério sul e outra no norte.
Aos afortunados é permitido viverem
Duas primaveras por ano.


Santa Teresa, 22 de setembro de 2013.

Meu abraço de Primavera.
Maysa

terça-feira, 10 de setembro de 2013

É TUDO PASSARINHO OU UM TRINADO, ATÉ AQUI, NUNCA OUVIDO - Maysa Machado

















É TUDO PASSARINHO OU UM TRINADO, ATÉ AQUI, NUNCA OUVIDO.

                                                                             Maysa Machado


Tempos de inquietude, incessantes ruídos, silêncio escasso. Quase sempre surgem nas manhãs, e nos despertam aos solavancos. Ah! Mas haverá alguma em que o canto de um pássaro te alcança primeiro.
Aconteceu, hoje, acordei com um trinado desconhecido, aí a vontade incrível de abrir a porta do quarto, que dá pra varanda do mundo, e ver o dono do som. Contive a inquietude, que dormira de véspera comigo, fiquei toda ouvidos, agradeci contrita o dom de, apenas, ouvir.
Outros trinados acordaram minhas manhãs e mais outros, com otimismo, aguardo. E esse canto, que nunca ouvira, trouxe, com ele, por inteiro, o frescor da vida.
 O novo desperta, em nós, a seiva que guardamos, por vezes, em lugares impróprios. Mal resolvidos, grávidos da rotina engendrada em mágoas, tristezas. Quase uma ressaca de viver e não conseguir aceitar a oferenda recebida.
Amo o silêncio. Amo os dons e sons da música, e suas pausas que falam; caminhos que constroem nova unidade, novo vir a ser. Quase toda subjetividade é amalgamada em sonhos, esperas, novos trinados para serem percebidos.


Santa Teresa, 10 de setembro de 2013.

Um abraço aos que por aqui chegam.
Maysa

foto: sanhaço comendo cereja  in http://marciliodiasdistrito.blogspot.com.br/2013_01_01_archive.html

domingo, 1 de setembro de 2013

O QUE BEBI DO AMOR...- Maysa Machado














Do amor... bebe-se em fonte limpa, bebe-se em torrente ou chuva fina. Do amor bebe-se o nectar do amado. A música aplaca perdas, te faz amar o amor de novo. Aqui, o que bebi... em António Zambujo.

O amor da avó para um menino, enquanto os pais trabalham. Um pouco do amor à mesa, na sala vazia, para um casal desconhecido.

Um primeiro amor roubado... "Samick se me estás a ouvir...Volta, tenho muitas saudades tuas!"
Tudo em "Primeira Pessoa"
http://www.youtube.com/watch?v=eCCwZ5iMIvg

Agora, o que senti ouvindo Quando Tu Passas por Mim, essa música linda do Vinícius e Antonio Maria, ficou mais definitivo, nítido ouvindo-a por António.

http://youtu.be/aEh4u8B4oWQ

Abraços
Maysa

sábado, 31 de agosto de 2013

DESPEDIDA - Maysa Machado

La Vierge, l'Enfant Jésus et sainte Anne/ by Leonardo da Vinci.



















À cada dia tem a vida sua agenda. A morte imita-a com perfeição.


DESPEDIDA

                                                      Maysa Machado

Sai morte. Desguia.
Já levastes quem queria.
Vai carpir noutro terreiro
Tua ronda de insucesso e dor.
Avança. Sem perdão
Avisa-nos o tempo.
Ah! Deus quanta arrogância
Em dado momento
A gente acreditar
Que tem a vida
Algum pertencimento
E dos seus se adonar.
Não há troca possível.
Sai morte. Desguia
Em teu glorioso dia.
Um ente querido parte
Empobrecida segue a rotina
 Através do espanto
Do sentimento doído.
Acostumar não há.
Quem ama a vida
Morrer não devia.
Inda mais em claro
E lindo dia.
De Azul inteiro celeste
 No inverno tropical
 ... Do Rio.
Santa Teresa, 31 de agosto de 2013.

Para aceitar a morte é preciso entender a vida. E estar pronto para a despedida.
Abraço
Maysa


domingo, 25 de agosto de 2013

SÁBADO À NOITE EM SANTA TERESA - Maysa Machado

foto maysa machado by cel./ Santa Teresa/agosto 2013



















SÁBADO À NOITE EM SANTA TERESA

                                                            
                                                                  Maysa Machado


Se aos sábados os embalos tardam, e colhem as madrugadas, nem sempre o som escolhido, ou o volume em que é ouvido, merece aplausos.
Dá pra concluir pelos altos decibéis, necessários à quase toda manifestação de euforia contemporânea, como as pessoas estão ficando surdas.
Estamos vivendo numa sociedade de surdos? Distraídos? Egoístas? Desmedidos?
A dúvida me inquieta. O que hoje é considerado de bom tom? Desculpem-me o trocadilho. O que está acontecendo com a espécie humana nas sociedades moldadas pelo verbo ter?
Arrisco: Perdeu-se o espírito festivo. Festa é festa, só pode alegrar, ou melhor, juntar alegrias. Pessoas em clima de comemoração, não deviam incomodar. Será que desaprendemos, por completo, o caminho do bem estar?
 Precisamos do exagero para sermos vistos. Carros, aparelhagem de som, muitos homens de preto fazendo segurança, buzinas, impaciência.
Ontem, passando um pouco das 23 horas, fiquei presa num engarrafamento na subida de Santa Teresa. Gente engarrafar na ladeira é mais desconfortável que em túnel. Conheço as duas modalidades.
Depois, descalça em casa, ansiosa para jogar o corpo no sofá da sala, ver um filmezinho na TV... O cheiro e a fumaça de churrasco brega das redondezas invade, junto com a voz de um comunicador festeiro distorcida por um alto falante, o precioso silêncio a que pensava ter direito.
Fecho rápido as janelas e portas naquela direção. Atravesso confiante até a sala. Assumo meu lugar no sofá, a programação da TV paga não oferece alternativa e, pelo flanco da área social da casa entra novo som, sem pedido de licença... Me impaciento , lembro do engarrafamento, das buzinas e... Admito que o  último som me é mais familiar, embora não escolhido.
Sucumbo. Acordo as três da madruga, entortada por dores e câimbras, com a coluna em péssimo estado.
 Fora embalada pelo rock pesado e autêntico dos anos 50, da outra festa, com altos decibéis e tudo, fazer o quê?
Agradeço em silêncio, subo para o quarto, e já no segundo andar, agradeço de novo. Clarice me espera com crônicas soberbas, em total silêncio aparente. Ajeito os óculos de leitura. Minha alma grita, chora, ri e aprende a ser feliz de qualquer maneira nos embalos de um sábado à noite.

Santa Teresa, 25 de agosto de 2013.

Com um abraço de Domingo.
Maysa