O Fim das Coisas
de Augusto dos AnjosPode o homem bruto, adstrito à ciência grave,
Arrancar num triunfo supreendente,
Das profundezas do Subconsciente
O milagre estupendo da aeronave!
Rasgue os broncos basaltos negros, cave,
Sôfrego, o solo sáxeo; e, na ânsia ardente
De perscrutar o íntimo dorbe, invente
A lâmpada aflogística de Davy!
Em vão! Contra o poder criador do Sonho
O Fim das Coisas mostra-se medonho
Como o desaguadouro atro de um rio…
E quando, ao cabo do último milênio,
A humanidade vai pesar seu gênio
Encontra o mundo, que ela encheu, vazio!
É, Augusto dos Anjos , assusta e encanta nossos fantasmas. Quem de nós não ficou com a respiração ofegante em cada estrofe, em cada cilada que a vida arma e a vida desmonta?
Abraço neste feriado criado para a íntima reflexão.
Maysa
2 comentários:
Fico feliz por visitar teu blog. Gostei muito. Parabéns. Bemvindo Sequeira
É uma honra. Visite-me sempre que puder.Quando tiver espetáculo envie o folder, terei imenso prazer em divulgar.
Carinhoso abraço.
Maysa
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