quinta-feira, 10 de outubro de 2019

APRENDIZ - Maysa M.

Aprendiz
No amor às flores
aprendi cores
e formas da beleza.
Vários perfumes...
primeiro estranhe.
Aos espinhos, toda
delicadeza.
A dor, essa tirana...
nos espreita.
Maysa M.
Sta Teresa, 10 de outubro de 2019

quarta-feira, 25 de setembro de 2019





            SÚPLICA



Vem primavera com lembranças e promessas.
A vida, bem maior, esteja protegida
Traz contigo a esperança
Vem com sorrisos, de mansidão e amor.

A paz reconstruída em todos os lares
E nos espaços abertos, do ir e vir.
Vem primavera,com flores pra vida
Aqui, te aguardamos, ansiosos

Maysa M.
Sta Teresa, 25 de setembro de2019



domingo, 4 de fevereiro de 2018

CARIOCAS SOB O AZUL CELESTE E AS NUVENS DE ALGODÃO...





CARIOCAS SOB O AZUL CELESTE E AS NUVENS DE ALGODÃO...



Mar e céu
Favela e asfalto.
Há linhas imperceptíveis
Algumas entrelaçadas
por tênues sinais.
Distâncias geográficas, humanas, sociais
A lida diária é árdua luta
Do sobreviver.

Chova ou faça sol
O instante extasia uns
E o instante extenua outros.
Sob o azul celeste
As nuvens de algodão
Passam, passeiam.
São presentes impermanentes
Da vida, também, passageira.

Mesmo assim somos gratos.
Quantos anos de praia tem vc?
...............

Cariocas amam viver
em liberdade.

Maysa M.
Sta. Teresa, 2 de fevereiro de 2018

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

2018 FELIZ ANO NOVO




2018   FELIZ ANO NOVO



Aos amigos, eventuais leitores e publico em geral


Peço desculpas pela ausência, por mim muito sentida, ao levar o ano de 2017 inteiro, sem passar para conversar, por aqui.

O NINHO E A TEMPESTADE  é, e sempre será para mim, uma metáfora de vida surgida durante as chuvas de verão de um janeiro antigo.

Promessa de Ano Novo.Vou Voltar. Tentarei colocar além da emoção, a indispensável disciplina ao ato de escrever.
Desejo  a cada um os melhores votos nesta trajetória, difícil de 2018, sobretudo em nosso grave momento politico-econômico e social.

A  tempestade:
Moro em casa, e as águas de verão exigem cuidados com tetos e chão. Telhas, calhas, ralos. Verbos corriqueiros, entupir, desentupir, inundar, molhar, e atos igualmente prosaicos. Por pra secar, ou por vezes trágicos.
As cidades à mercê das precárias providências publicas. O que a vista assiste não acaba com o fim da noticia ou do temporal, fica a impotência cidadã à espera da solidariedade, que anda escassa por aí.
O ninho:
Muita reflexão. Altas doses de tolerância e compreensão, ação cotidiana para momentos de paz e união.
O Outro é sempre o melhor aprendizado de nós mesmos.
Saúde. Paz e Amor.
Carinhosamente

Maysa


terça-feira, 24 de maio de 2016

PAISAGEM - Maysa Machado


PAISAGEM


                               Maysa Machado


Amo a vista dessa janela
Desde a manhã primeira
Em tardes mornas e quietas
Na solidão costumeira.
Amo quando a noite vem
E se a lua chega, também,
Se enrosca entre as nuvens
E palmas das palmeiras.
Distante parece um fruto
Doce, iluminado.
Nessa paisagem há magia
Diferente e nova a cada dia.
Tão distante, o pensamento
vagueia ao dissabor
Do misterioso vento
Cujo nome é desamor.


Santa Teresa, 21 de maio de 2016


Retomando o cotidiano...Um abraço com carinho.
Maysa

domingo, 17 de abril de 2016

NOITE ALTA - Maysa Machado























NOITE ALTA


Maysa Machado


Lá fora o quarto é crescente
A lua brilha em C.
A criança pula, corre, sonha
É um convite?
Todo carinho traz alegria
Aninha-se o coração
Flores do jardim na jarra da infância.
Cores. Formas. Paira poesia na sala
Ouvir o silêncio é prazer
Estimulo à serenidade!
A alma se expande
em suavidade e calma!
Bençãos da madrugada!


Santa Teresa, 14 de abril de 2016




Em tempos de tanta inquietação, benditos são os momentos de serenidade.Abraço saudoso

Maysa

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

ROSAS FLOREIAM A SOLIDÃO - Maysa Machado








No dia de hoje, 13 de janeiro, descobri uma nova Maysa.
Faz algum tempo... E, depois, descobri de novo, mas a emoção de ser mãe pela primeira vez é indescritível e permanente.
As rosas cor de rosa lembram o frescor da minha maternidade.
O calor carioca, desse último Domingo, quase detonou o encanto e viço das flores.
Então, pra passar o dia de hoje em boa companhia, criei o arranjo, e misturei aos colares, corações de porcelana rsrsrs porque o meu sempre foi de vidro.

Feliz aniversario, Luiz Antonio, filho querido.


ROSAS FLOREIAM A SOLIDÃO


                                Maysa Machado

Brincando com pétalas
textura macia
Cheiros e lembranças
de cada amor.
Mãe, filha, amante
Em qualquer dia ou momento feliz
Vida conduzida entre
transparências e mistérios
Do acontecido e
do que há de vir...
O que mais me intriga
É, até mesmo, o vivido
guardar em seu âmago
significado protegido.
Rosas floreiam toda solidão
Suavizam carências
justificam ausências.
Por aqui,
encantam o silencio
dourado das manhãs
de cada verão.

Santa Teresa, 13 de janeiro de 2016.





sexta-feira, 20 de novembro de 2015

CASA FLORIDA - Maysa Machado























CASA FLORIDA


                   Maysa Machado



O que adianta todo o preparo, a espera por tua vinda?
A casa está limpa, arrumada.
Flores nos jarros, o vento brinca.
Há movimento, promessas, em uma cama perfumada.
Tudo isso com tal puro amor, dedicação
Apimentado por aquela pitada de excitação. É a vida.
Passam as horas. A corrida contra o tempo ensina.
Compromissos substituídos pela ansiedade de menina.
Gosto de você, de ficar junto.
Olhar tuas mãos, teu jeito sem jeito.
Sofro com meu desavisado coração.
Ausências recorrentes, premonição não precisa de aviso.
Imprevistos? Medos? Premeditação?
Quieta, só entristeço.
Chega tardia e lacônica a negação.
Não virás.
Há um equívoco indiscutível.
Brincadeira com fogo
Com vida, com o desejo do outro.
Espera, assim, é prisão. Punição.
É expectativa plantada
Afeto sincero não carece manipulação.
Não, nenhum mal entendido, por que então?
Sofro com o desejo intenso. Não durmo
Conheço a vigília de cada desilusão.
Hoje, vou esperar o sol, algum novo sorriso.
A luz da liberdade.
Ah! e mais, recusa ao vínculo que atordoa
Trai, magoa e trata mal.
Amar é poder ver e acreditar
No amanhecer em silêncio

Santa Teresa, 20 de novembro de 2015.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

É? - Maysa Machado

foto maysa machado/ rio



É ?

Maysa Machado



A poesia foge por instantes...
Se esconde, adormece,
procura
um canto pra chorar...
Logo, logo ela volta.
Insane, entregue
Encontra teu colo
Pra se aninhar.



SantaTeresa, 17 de novembro de 2015
Um jeito de voltar , sair da tristeza e brincar com a esperança.
Abraços

Maysa

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

TIMIDEZ DESNUDA -Maysa Machado




cortina de aspargus/maysa machado cel














TIMIDEZ DESNUDA 


                Maysa Machado


Faz um tempo...
Desde teu surgimento
A vida coloriu
Desbotou
Em muito momento
Voltou ao clássico p&b
Aos poucos aprendo
Haja discernimento
Jogo e sensibilidade
Entre sombras e luz.
Imagens, sons, silêncios...
Acolhi todas as nuances
Todas as ausências.
Sofri quieta
E alguma vez
Chorei sozinha.
Decifrei
Sonhos secretos
Teus e meus.
Entre nós não há rótulos
Promessas ou sujeição
Dessas tão a gosto
No mundo convencional.
Há mistérios e gozos
Inesgotáveis.
Há vida.
Chamo AMOR
Há vida.
Chamas SEXO.


Santa Teresa, 30 de setembro de 2015.

Fico contente quando me encontro no ninho. Mas há que enfrentar as tempestades.
Abraços saudosos aos que por aqui passam.
Maysa

domingo, 16 de agosto de 2015

ESPAÇO AFETIVO - Maysa Machado




ESPAÇO AFETIVO

                        Maysa Machado


A casa compondo sinfonia
Aqui, todo silêncio é harmonia.
Para além, a beleza da flor...
Explícita é a geometria.

Ao redor, o mundo.
Parede e calha
Múltiplas texturas
Só o tempo atravessa
A aspereza de um muro.

Maciez da pétala
Luz e seiva de vida.
Desfoque o efêmero
De toda exuberância única.
Amar é plural
No singular de te amar.

E por vezes
Sobressai o anil no branco
Teimoso o coração reluzindo...
Batuca no peito
Vida, vida!
O problema é ter medo, do medo.


Santa Teresa 16 de agosto de 2015.

A quem passa, bom Domingo:

Trago com roupagem atual a foto e a inspiração. Gosto muito dessa lembrança.
Está implícita ao sentimento que me move no mundo.

Abraços saudosos .

Maysa

quarta-feira, 24 de junho de 2015

CALMARIA - Maysa Machado

      foto da Web

CALMARIA

                          Maysa Machado

O vento frio e apressado
bate portas, num abre e fecha
intempestivo.
O susto vem de outros invernos
de quando a casa era habitada
e se podia pedir para alguém
contrariar o vento...
Agora, só ficou você e o vento.
O susto de outros invernos
não assusta mais.
A inércia toma conta de tudo
o vento, sem contraponto, se aborrece.
Paciência a vida se estica
alonga o sofrimento.
E, afinal, o que é um bater de porta
desafiado pelo vento?


Santa Teresa, 24 de junho de 2014

Abraço aos que passam neste início do inverno de 2015.
Maysa

sexta-feira, 12 de junho de 2015

RENDA-SE - Maysa Machado









DIA DOS NAMORADOS

A TODOS QUE AMAM. DESAMAM. E, SOBRETUDO, PARA OS ARISCOS E ESQUIVOS QUE FOGEM DAS DELÍCIAS E DESAFIOS DO AMOR.
RENDA-SE!


Renda... Rendidos...

Rendados!
Rendeira nos mistérios
Soltos e enlaçados.
Silente arte feminina
Enredar... Enredar-se.
Solene é o coachar
De bilros ou brados.
Renda-se!
Quero amar e ser amada
Na eternidade do segundo
Com a suave delicadeza
De estar de passagem
Nesse mundo.
Rendas... Renda-se.
O amor é tudo.

M.M.

Santa Teresa, 11 de junho de 2015.

Para a gente comemorar o amor, que é sempre singular.
Maysa

quarta-feira, 3 de junho de 2015




















QUASE TODA POESIA



Maysa Machado


Quase toda poesia cabe no dia a dia.
Afasta a pressa que sufoca suspiros,
aprisiona sentidos e afetos.
A sociedade das máquinas e desejos rápidos
despeja-nos excessivos ruídos,
estes adoecem ouvidos e a alma da gente.
Não calam a poesia quieta e mansa
Da gota do orvalho.
Vem o silêncio curar tropeços,
disfarce de antigos medos
espremidos entre a ousadia e a recusa
de quem quer amar, mas não sabe vir por inteiro.
A poesia cala.
E só este silêncio não é dor, não é medo.
É tempo e pausa pra ver germinar
o que for verdadeiro.

Santa Teresa, 3 de junho de 2015.

 Nessa manhã de outono, o Rio é mais lindo. Abraço carinhoso aos que passam. Maysa

sábado, 18 de abril de 2015

POEMAS - Cecília Ryff







POEMAS 

                      

Cecília Ryff




Histórias


Histórias de paixão com toda a atenção faço um desejo e percebo,tudo é ilusão.


Palavras


Cada uma tem um sentido
Mas cada uma um caminho
Da nossa boca elas saem
Mas com cuidado pois elas se arriscam
E você...
Poderá se arrepender


Colorido


A pipa no céu
A cor do arco-íris
Pergunto para ísis
Se ela já viajou para muitos países
E com mais curiosidade
Pergunto e quantas cidades?


Risadas


O papel sobre o chão
Já começou a reunião
O atrapalhado escorrega
Foi a Mari que pregou uma peça



Barra da Tijuca, 17 de abril de 2015


Apresentando Cecília

Cecília tem oito anos. Completa nove, mês que vem. Vê o mundo com intensa vivacidade. Acompanho suas descobertas quase de longe. Moramos, na mesma cidade, em bairros distantes.
Mas quem disse que sintonia e cumplicidade precisam de muito mais? É menina estudiosa, responsável. Com disciplina dá conta dos deveres do colégio para casa.
Gosta de ler, ouvir histórias, pintar. Tintas e telas a deixam feliz! Mãos ágeis para trabalhos, inventar coisas. Quando ficamos juntas entro na onda.
Tem suas horas de rebelde sem e com causa!
Agenda superlotada dessa menina. Ah! estuda piano, e o professor é um santo!
Imaginação, alegria, movimento traçam sorrisos e lágrimas no lindo rostinho de nariz empinado. Temperamento sensível... Desponta na poesia.
E saibam gosto do que ela escreve.
Pedi licença pra compartilhar, estes poemas enviados, ontem, por ela, pelo email do pai.
É ou não um adorável prazer ser sua avó?

Um abraço carinhoso aos que passam pelo Ninho.

Santa Teresa, 18 de abril de 2015.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

PAISAGEM - Maysa Machado





PAISAGEM

                         Maysa Machado



Nuvens passam
Vão e... Vão.

Palmas celebram
Tanta imensidão.
Alegram a paisagem
Que nunca é
Nem será a mesma.

Movem-se, balançam
No ritmo que o vento
Dono do movimento
Quer, decide e traz.

Ah quanta paz
Se o vento
Sopra... Sussurra
A vida parece suave.
Naquele instante... Segura.

Aí é o tempo.
O "quando”
Refaço a esperança...

Santa Teresa, 1 de abril de 2015.


Foto Maysa Machado -Abril 2015
Paineira florida de rosa e Palmeira bailarina.

segunda-feira, 30 de março de 2015

PAX, PACIS - Maysa Machado





PAX, PACIS
                                                          

                           
Maysa Machado




Um anseio profundo
Que a PAZ
Voe no mundo!
Paire. Pouse.
Escolha ninhos
Entoe acalantos...
Serenize os ódios
Incumba a cada um
Exaltar o amor
Só o amor.

Santa Teresa, 30 de março de 2015.

PS: Crédito da foto: Tanto bella quanto rara, la Pecteilis Radiata è una meravigliosa orchidea che si trova solo in Cina, Giappone, Corea e Russia. La natura ci stupisce così!  Scienze Fanpage

segunda-feira, 16 de março de 2015

AMAR... - Maysa Machado



foto maysa machado

















AMAR

Maysa Machado

Amar é sentimento único.
Cada amor dá seu jeito.
Não há torto nem direito.
Apenas o verbo intransitivo
batendo dentro do peito.


Santa Teresa, 16 de março de 2015


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

COLAR ESTRANHO - Maysa Machado

foto maysa machado/ cel

COLAR ESTRANHO


                              Maysa Machado



A vida segue sem explicações.
Hoje, chove.
Pancadas esparsas
O sistema Cantareira comemora.
Um coração triste e aliviado
Resiste.
Choro sem lágrimas
Choro seco vertido.
Cada gota opaca
De choro contido
Escapa, cai no mundo.
Junto sobras. Monto
Um colar estranho
Gotas e contas enfileiradas
Ano após ano.
Foram pérolas e cristais
Perdidos, roubados.
Voltas e mais voltas
Todas invisíveis, como eu.
E no imediato instante
Faz-se um brinde silencioso
E improvisado ao amor
Que, aparentemente, morreu.


Santa Teresa. 4 de setembro de 2014

(Revisado em 23 de fevereiro de 2015)

Aos passantes uma semana plena e produtiva.
O mes é curto e o tempo não pára, como diz Cazuza.

Abraços
Maysa