domingo, 30 de maio de 2010

MES DE MAIO - UM FELIZ ANIVERSÁRIO





Mes de Maio é assim: surpresas transbordam para além de mim.

Descobri há exatos 8 anos que meu coração tinha ficado mais bonito!
Como assim? Perguntaram-me logo pessoas curiosas que assistiram à transformação.
Bem no início não tinha pronta resposta, mas agora sei, na ponta da língua!


O que faz todas as coisas e pessoas ficarem mais bonitas?
Você aí curiosinho, responda!
Ou apenas ... Sorria, porque - é claro- sabe a resposta.
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Num flash, tudo aconteceu: um sentir diferente, um ângulo novo, um pulsar forte e juvenil, um orgulho por estar viva e ter chegado até ali...uma alegria ainda não saboreada!
Fiquei gelada, fiquei vermelha, o rosto foi abençoado por lágrimas de ALEGRIA!
É pouco! a emoção nem dava para descrever.
Palavras muitas vezes nos levam à caminhos desconhecidos, que nos instigam a buscar mais e mais... E naquele instante ... Preferi o silêncio.
Acreditem, meu mais permanente-amigo e temido-companheiro.
Naquele instante só o que precisava era ficar perto, olhar a cria da cria!
Depois pegar no colo, sentir o cheiro delicioso de uma vida nova. Com a minha ajudei a tecê-la, agora, em meus braços amorosos, ela me nutria de júbilo.
Alí, naquele instante, todo um sentido que é buscado para a vida surgiu! A nossa passagem por ela, nossos descendentes trazem consigo. Assim tem sido.
Tornei-me avó pela primeira vez... E ninguém jamais esquece o sabor de um inaugural laço afetivo.
Parabéns minha querida M.B. Feliz Aniversário.
Parabéns a todos que já sentiram esse enlevo.
Um abraço especial de Domingo.
Maysa

sexta-feira, 28 de maio de 2010

"A BAHIA DE EUCLIDES DA CUNHA" - Documentário de Carlos Pronzato








Hoje, sexta - feira, 28 de maio, às 18 hs, acontecerá o lançamento de: "A BAHIA DE EUCLIDES DA CUNHA".
O documentário, do cineasta CARLOS PRONZATO, será exibido no Teatro José de Alencar, da Academia Brasileira de Letras, na Av. Presidente Wilson, 203, 1º andar, no Castelo, centro do Rio.
O cineasta tem em sua trajetória, e bagagem, inúmeros títulos desenvolvidos; documentários assertivos, livros , poesias ... uns cobrindo etapas de nossa história latinoamericana, outros destacando vultos de expressão mundial , como Chê.
Para conferir vá ao site do cineasta aqui

Quem ficar interessado na incrível história de Euclides da Cunha, pode assistir ao filme, e depois ao debate, com a presença do diretor.
Tudo com entrada franca, na ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS .
É um excelente programa para quem conhece a importância de Euclides da Cunha, na história de nosso país ou para os jovens que ouvem falar dele, pela primeira vez.
" O documentário oferece um panorama dos passos de Euclides da Cunha na Bahia, quando lá esteve em 1897, durante a guerra de Canudos, imortalizada em seu livro " Os Sertões".
Um abraço a todos e excelente fim de semana.
Maysa

segunda-feira, 24 de maio de 2010

GRUPO ARMORIAL (1) - DOMINGUINHOS E RICARDO HERZ (2) em FEIRA DE MANGAIO






E a atividade de pesquisa sobre a música brasileira, da Região Nordeste, continua.
Essa música FEIRA DE MANGAIO de SIVUCA E GLÓRIA GADELHA, corre mundo! É a sanfona nordestina, no cenário mundial da música. Se invade nossas emoções mais distantes ou as muito próximas... não importa!
Oh! Brasil tão querido, amado e musical.
Tanta beleza que não cabe no sentir de um só! vamos espalhando, compartilhando e reverenciando os mestres: E pedindo a benção!
Benção São Sivuca! ( Itabaiana, 1930/João Pessoa 2006)

Curtam as duas leituras da peça, mais que linda referência à alma brasileira. Estou curtindo.
Abraços
Maysa










terça-feira, 18 de maio de 2010

NAS ONDAS DO RÁDIO - JACKSON DO PANDEIRO

Um dia ainda vou contar tim-tim por tim-tim sobre a alegria que o rádio trazia para dentro das casas. Na minha infância era assim! Desde a manhã até a hora de dormir o companheiro estava presente.
Pela manhã o noticiário era ouvido enquanto meu pai fazia a barba, e logo após saía para o trabalho! Alegre assoviando alguma canção. Na hora do almoço e à noite o Reporter ESSO.
Avançando o relógio os programas de variedades acompanhavam a lida diária de minha avó. Nós brincávamos e à noitinha seriados como Jerônimo, o herói do sertão ou O ANJO encantavam todas as crianças com mistérios e aventuras.
À noite as novelas, os programas humorísticos relaxavam a família . Tinha um, em horário bem tarde, uma vez por semana, e nós não tínhamos autorização para ouví-lo: eram histórias sobrenaturais. Almirante, um radialista importante apresentava aquele programa - Incrível , fantástico , extraordinário!
O Nordeste presente com seus ritmos trepidantes, ingênuos, bem humorados invadiam nossos ouvidos, davam vez às nossas alegrias, nos fazíamos brasileiros .
Luiz Gonzaga, Manezinho Araújo, Dorival Caymmi, Jackson do Pandeiro
e tantos outros traziam o Brasil para dentro de nossas casa.
Hoje o que a TV brasileira programa para essa integração , um direito de todos?







Com saudade da infância encomendei Dose Dupla de Jackson do Pandeiro! Espero que gostem e aprovem!

"No Rio, já trabalhando na Rádio Nacional, Jackson alcançou grande sucesso com O Canto da Ema, Chiclete com Banana, Um a Um e Xote de Copacabana. Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson em cantar os mais diversos gêneros musicais: baião, coco, samba-coco, rojão, além de marchinhas de carnaval."
Querendo saber um pouco mais sobre esse artista, para muitos a verdadeira matriz de tantos outros, como João Gilberto, Gilberto Gil clique
aqui



Abraços

Maysa

PS: Peço a compreensão de todos os que por aqui passam, mas a partir dessa data, estarei usando a ferramenta disponível para moderar os comentários. É que há algum tempo , comentaristas anônimos vêm fazendo uso do blog com objetivos que destoam dos nossos. Um blog sobre nossa cultura, com destaque para a poesia e a música e outros encantamentos daqui e de alhures.
Não desistam dos comentários fico bastante feliz ao lê-los.

domingo, 16 de maio de 2010

ALBERT ECKHOUT - Retrato de um Brasil holandês

O olhar do outro sobre nós mostra aspectos não sabidos, desprezados ou nos revela um outro lado da vida, apenas, o que pode ser vivido?

Esplendorosa captura do outro contém este quadro do Albert Eckhout. (1)
Fantasiosa realidade. Minúcias e silêncios do que se supõe descoberta. A nudez ignorada sob o manto criado pelo olhar de outra cultura.
Enquanto a alma prevalece consagrada na diferença de ser.

O inverso também acontece, mas é sempre outra história.

Abraço de Domingo, um domingo de Maio.
Maysa


(1) Albert Eckhout (Groningen, 1610 — 1666) Pintor, desenhista, artista plástico e botânico. É autor das mais significantes representações do Brasil holandês. Predominando como temas os indígenas e paisagens da região Nordeste do Brasil.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

NURIA PUCCI - una cantante argentina






Conheci a NURIA em Santa Teresa, e convido aos que, por aqui, estiverem no Domingo para vê-la e conferir os dons
e sons da cantante argentina; estaremos lá!!



Antes, no sábado, em botafogo, ela é convidada e fará participação especial com a banda de Sergio Rocha, vejam o flyer ao lado. Parabéns NURIA
Sábado 15 de maio: SALOON 79 Participação especial


Domingo 16 de maio: Novamente no Largo das letras Show de Nuria Pucci jazz blues tango e musicas autorais
Endereço.Almirante Alexandrino, 5011.Largo dos Guimarães
...Santa Teresa.. tel: 21 2221-8992 - 19hrs, entrada franca.

Abraço

Maysa

quarta-feira, 12 de maio de 2010

ANA CRISTINA CÉSAR - POETA






Ana Cristina César, ou simplesmente Ana C., nasceu em 2 de junho de 1952, no Rio de Janeiro.
Fez parte da geração mimeógrafo, dos anos setenta. Sua obra é reconhecida e para quem quiser relembrar poemas e seus textos poéticos sugiro que procure
aqui.
Selecionei este, para mim, muito eloquente.


Estou Atrás


do despojamento mais inteiro
da simplicidade mais erma
da palavra mais recém-nascida
do inteiro mais despojado
do ermo mais simples
do nascimento a mais da palavra.


Abraços

Maysa

sábado, 8 de maio de 2010

SEGUNDO DOMINGO DE MAIO- ALEGRIAS e DOR

Foto cel. Maysa/2009



A tristeza faz parte da vida. Ensina a ser manso e a falar baixo... Diz -nos Rubem Alves; então vou aceitando esses dias onde sua visita não me aquieta, mas como toda tristeza que se preza, impõe-se.
Admito o passar do tempo, transformando-nos em criaturas fugazes, etéreas. Projetos que perdem o sentido ou urgências que nos atravessam. Vida que chega e que parte, independente de nossos desejos.
Nos traz suculentos desafios para serem digeridos, calmamente. O tempo corre lá fora e, aqui dentro do peito, o compasso é idêntico. A pulsação ironiza a emoção. Tudo pode tornar-se igual para ser diferente, em nós! Mais uma vez. O que perdurará?
Acredito no amor; em todas as formas do amor. Viver é : contemplar e agir para que o amor brote sempre. Apareça em cada olhar, sob sorriso ou lágrima vertida. E, suponho cada cântico uma oferenda à vida pelo amor aturdido ou sereno!
O que dizer desse amor que encanta a, quase todos, nós mortais? O Amor maternal!
Amor sem restrições, na prática incondicional de ver no outro um pouco de si , e descobrir ao encontrar-se no outro.
A maternidade pode ser construída num exercício intenso de generosidade, afeto, alegria e tormento insondáveis.
A data é tratada como um achado comercial gera vendas, ansiedades e frustrações para os que acreditam que comemorá-la requer compras, adulações e sacrifícios intermináveis... Materiais!
Entretanto, há que ter dentro do coração não mais que uma singela lembrança por aquela que te trouxe ao mundo.
Ou mesmo por aquela que cuidou de tua infância, de tua saúde, dos teus sonhos. Por aquela em que o cálido ou esquálido colo, ninho oferecido te adestrou para as constantes tempestades deste mundo.
Neste dia dedico emoção e pensamento à minha mãe Nila, minha avó materna Maria da Conceição/Sindoca e minha tia Hilda, mulheres que me receberam com alegria e intenso amor, e de suas ausências até hoje me ressinto.
Para todas as mulheres mães ou que ainda acalentam o sonho de se transformarem desejo, carinhosamente, boas reflexões e bons encontros com a maternidade.


Maysa

segunda-feira, 3 de maio de 2010

ADONIRAN BARBOSA - UM ARTISTA PLURAL
















Adoniran

A importância desse artista para a nossa cultura, e a do paulistano em particular, é marcante. Ele soube registrar em suas letras e composições, cheias de humor, a fala dos migrantes, de todas as regiões do nosso país, e a presença dos imigrantes, sobretudo , os de origem italiana como seus pais que vieram de Veneza. Um cronista expressivo de sua época e de sua cidade - a S.Paulo .
Sua temática está presente até, hoje, nas dificuldades encontradas pelas populações das camadas menos favorecidas, nos despejos das moradias em áreas de risco, no transporte difícil, nos desabamentos e nos amores não correspondidos.
"Saudosa Maloca", "Trem da Onze" e "Tiro ao Álvaro" são lembradas, cantadas.
Adoniran foi o tema de um trabalho, recém concluído, por um grupo de alunos da Escola de Música Villa - Lobos, aqui no Rio , do qual fiz parte.
Trago aqui para O Ninho, essa maravilhosa charge do artista.
Ela é de outro artista, meu amigo Bruno Liberati, que pode ser encontrado, lido, visto em seu blog Liberatinews :Aqui.

Feliz decisão de ilustrar nosso trabalho, com ela. Ficou chique no úrtimo !

Brunão você, é campeão! Aliás, nós somos campeões estaduais.Viva o Fogão!!

Abraços em quem passar por aqui! Curtam o "Tiro ao Álvaro"




Maysa

sábado, 1 de maio de 2010

MAIO, MARIA , MÃE, NETOS e MAR...











Maio chegou. Encontrou-me de coração triste, uma querida amiga a menos no convívio. A esperança aturdida, porém, renovada a cada instante... Viver é sempre arte delicada, frágil que exige coragem e amor!

Um tanto pela alegria de ser avó de 3 meninas e um menino, doces e levadas crianças, que me empurram ou me puxam prá vida, resisto. Sozinha continuo, eu mesma, a caminhada sem retorno.
Enquanto saboreio, cada instante, experiências, descobertas e, sobretudo ,cada lembrança boa.

Crio poemas como quem tece um bordado , teço a vida em silêncio delicado.
Outro dia voltando da Barra, admirando a paisagem belíssima do mar soberano escrevi:

NO ELEVADO DA BARRA SENTIDO ZONA SUL

Colho do mar... belo
E triste esplendor.
Manso remanso
Aparência ondular
São as águas cinzas
Tristes tons de tintas
Ondas brandas
entrecortando vagas bravias
Amaciando pedras
Embalando canções
De mais nenhum despertar.

Guardam-se sonhos, mistérios
Na profundeza do mar.
Manso remanso...
Reencontro-me nesse olhar.
Guardam-se magia, segredos.
Dores, tristezas
E não as consigo embalar.

Preciso de asas, nostalgia
Um território amplo
Mata fechada, campo florido
Pradaria... Para as cinzas
Com firmeza espalhar.

As cinzas dos amores findos
Dos amigos mortos
Das perdas tantas
Insistentes companhias
Em meu quase longo caminhar.

Barra, 28 de abril de 2010.







Um abraço afetuoso
Maysa