terça-feira, 6 de julho de 2010

FRIDA KAHLO






Frida Kahlo (1907-1954), Pintora Mexicana

1- A foto em p/b é de autoria da fotógrafa Tina Modotti. Registra no 1 de maio de 1929, cidade do México, o muralista Diego Rivera, Frida Kahlo, artistas e ativistas políticos mexicanos.
2- Um dos muitos autoretratos de Frida. Frida com Bonito , 1941
A história desta mulher notória é a de uma artista com vida e obra reveladas por todas as mídias.
Inspirou filmes, moda, livros. Cultuada na sociedade de massas e por movimentos sociais.
Aqui http://www.fridakahlo.com/ , você encontra mais sobre a pintora mexicana.
Hoje dia de aniversário de seu nascimento, com a foto de Tina Modotti - já selecionada para a homenagem, surprendo-me com a iniciativa semelhante do provedor e site de buscas mais importante. Em ícone pop Frida foi transformada, mas sua arte resiste, confira no site.
Abraços
Maysa

segunda-feira, 5 de julho de 2010

PHILIPPE JAROUSSKY - Opium (Mélodies Françaises)

O vídeo é um presente compartido pelo professor de Panorama Musical, da Escola de Música Villa-Lobos, Leandro Gregório - aos afortunados, como eu , que frequentam sua página.

Sensível e prá lá de especial o professor nos apresenta o maravilhoso intérprete. A programação registra doces canções francesas do período barroco e da belle époque.

O belíssimo registro de voz de Philippe Jaroussky, contratenor, nesta gravação é acompanhado por quatro dos principais instrumentistas franceses da nova geração.
Cello (Gaultier Capuçon), piano ( Reynaldo Hahn) primorosos, muito bom...sem ser demais! Ouçam e encontrem o céu alcançado através só da música!

Aos que têm interesse em ler sobre registros vocais, sugiro dar uma passada aqui

"Contratenor é um cantor masculino adulto que canta numa tessitura correspondente à do alto ou até mesmo à do soprano, adaptando normalmente a técnica do falsete. Apesar de as propriedades vocais variarem entre contratenores, é comum a todos eles o timbre, perceptivelmente, distinto da voz feminina, para um ouvido atento." ( fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contratenor)

Abraço

Maysa

domingo, 4 de julho de 2010

TINA MODOTTI - FOTÓGRAFA E ATIVISTA POLÍTICA

Tina Modotti - Easter Lily Bud- 1925







Surpreendam-se com a beleza definitiva desta foto. A autoria é da fotógrafa e ativista política TINA MODOTTI (Udine/Itália/1896- México/1942).
Em seus 46 anos de vida movimentou paixões arrebatadoras, participou das lutas do início do século XX e fez arte.
Primeiro nos Estados Unidos para onde foi, vinda de sua cidade natal Údine, depois no México, polo de grandes acontecimentos políticos e artísticos.
Deixou-nos arte tão plural em contraponto com sua curta vida. Fez arte engajada, arte sem adjetivações, como esta foto em que o lirismo transborda. A poesia comove sem abandonar o agudo olhar para as violencias de sua época. A foto do imaculado lírio permanece, atravessando este longo caminho onde sonhos, paixões e violência também estão.

Como presente de Domingo cliquem aqui para reverem ou conhecerem mais o trabalho dessa sedutora mulher e genial fotógrafa!



Um carinhoso abraço
Maysa

sexta-feira, 2 de julho de 2010

SAMSON FLEXOR, NO MAC EM NICTY

Samson Flexor (Soroca, 1907 — São Paulo, 1971) foi pintor, desenhista. Veio para o Brasil em 1948 e radicou-se na cidade de S.Paulo.


Abre amanhã, às 17 hs, no Museu de Arte Contemporanea, em Niteroi, nova exposição de Samson Flexor. Tempos atrás mencionado aqui neste blog.



O Museu exibirá algumas peças de Flexor, integrantes do seu acervo e, também, desenhos exibidos no Instituto Moreira Salles, aqui no Rio. A mostra vai de 3.07 à 22.08 de 2010.


Lembro aos que passam pelo Ninho que lá estarei, amanhã.
Aproveito para, em nome dos familiares do artista, estender o prazeroso convite a todos que curtem a arte de Flexor, a de Oscar Niemayer - o arquiteto criador do MAC de Nicty City.

Um abraço

Maysa

quinta-feira, 1 de julho de 2010

ISABEL ALLENDE CONTA HISTÓRIAS DE PAIXÃO

http://www.ted.com/talks/lang/por_br/isabel_allende_tells_tales_of_passion.html


Isabel Allende estará na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) para lançar seu novo livro “A ilha sob o mar”.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O MAR, CAYMMI...MOREYRA... LEMBRANÇAS QUE EMBALAM A INFÂNCIA, JUVENTUDE e MATURIDADE.














"As Amargas Não..." ensinou-me, para toda a vida o escritor gaúcho Alvaro Moreyra(Porto Alegre, 1888 - Rio de Janeiro, 1964), em livro com o sábio título.

Recaídas, fragilidades próprias da condição humana, lembranças quem não as tem? Sonhos, quimeras...
Mas e daí? Levantar acontece ser melhor que ficar
chorando pitangas...
Então, chegamos ao último dia do mes de junho. Início do inverno de 2010 - ainda com cara de outono - coincidindo com o término do semestre.
Lembranças queridas renovadas com a nova idade, esperanças contidas, um vago olhar embalado pelo mar batendo nas pedras... supostas repetições da admiração primeira.

O mar desgovernando-se em espumas, sua forma mágica de não parecer diferente quando tudo, a nossa volta, é.

Horas de só olhar, ouvir e ver!

O que está a nossa frente ou o que a memória insiste em trazer por mero capricho. Viver é esquecer! prá depois lembrar, em novo contexto. Viver é parir sempre! Um novo instante mal chega se acaba com a promessa de um outro que está prestes a ser. Viver é enfim permitir a contemplação subjetiva e substantiva.
Mais um término de semestre,aulas e aprendizados se acomodam num vai e vem como as constantes ou erráticas ondas do mar...Daqui ou d'Além...
Abraços


Maysa

PS:
Dorival Caymmi, cantor, compositor baiano.(Nascido 30/04/1914, Salvador e morto a 16/08/2008, Rio de Janeiro).
Escolheu o Rio para viver, morar e influenciar sua obra à partir dos anos quarenta.As canções praieiras convivendo com a inspiração boêmia da cidade maravilhosa, cheia de encanto e glamour.

Curtiu depois a pintura,entretanto, não deixou de ser referência para muitas tribos musicais.

Todos que me conhecem sabem que admiro sua arte, a poética exuberante de suas letras e melodias. É amor antigo, de menina de pouco mais de 2 anos!

Como o mar ... ao que parece nem tudo mudou em mim, menos ainda esse gosto da infância.

As Amargas Não...

"...Das lembranças recolhidas pelo autor para formar o mosaico que lhe conta a vida, recortam-se cidades que marcam a vida pessoal e a vida literária de Alvaro Moreya: Rio de Janeiro, Paris e Porto Alegre. A primeira apresenta-se ora como espaço da memória, ora como espaço do presente, enquanto as últimas consagram-se tão somente como espaços da memória."
O RIO para muitos, é espaço só de memória, para outros tem sido espaço do presente. E que mudanças esse presente contém!





sábado, 26 de junho de 2010

Janet Baker: "Automne" by Gabriel Fauré

Repito: Nosso inverno carioca é generoso. Dias lindos, temperatura amena que nos brinda para afugentar as crises respiratórias... Raios doces de sol aconchegante. A vilã do nosso inverno é a umidade elevada!

Aproveito para lembrar que o outono, estação amada, sempre deixa saudade. Recordem... o que puderem!

E se a curiosidade ajudar cliquem aqui para recordarem de Janet Baker, mezzo soprano inglesa que interpreta Automne de Gustave Fauré.

Abraço

Maysa

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A POESIA DE GILKA MACHADO E A PAIXÃO NACIONAL





Com surpresa achei e aqui transcrevo um poema de Gilka Machado (1893/1980). Expressiva poeta carioca, representante do simbolismo e pré-modernismo em nossa literatura.

Ela recebeu da crítica aplausos e reprimendas; ficou conhecida por sua poética erótica, por sua coragem e liberdade em abrir a fala da mulher sobre o desejo, rompendo com os tabus da época. Manoel Bandeira incluiu e deu destaque à sua poesia na antologia sobre literatura brasileira que publicou.
Jorge Amado, convidou-a para concorrer à uma vaga para a ABL- Academia Brasileira de Letras, assim que os estatutos permitiram a entrada de mulheres. Não aceitou. A Academia, então, conferiu-lhe o premio Machado de Assis, em 1979.
Desde que descobri a poeta carioca me agrada ler seu texto exuberante ou melancólico. Este que descobri , causou-me surpresa pela oportunidade do tema. O curioso poema reflete a paixão nacional, foi publicado no final dos anos 30.

Amanhã o país cala, é só olhos e ... coração à bater rápido. O grito prepara-se na garganta... Futebol também é poesia!

Vale ler mais sobre Gilka aqui e aqui


Aos heróis do futebol brasileiro



Eu vos saúdo
heróis do dia
que vos fizestes compreender
numa linguagem muda,
escrevendo com os pés
magnéticos e alados
uma epopéia internacional!


As almas dos brasileiros
distantes
vencem os espaços,
misturam-se com as vossas,
caminham nos vossos passos
para o arremesso da pelota
para o chute decisivo
da glória da Pátria.


Que obra de arte ou de ciência,
de sentimento ou de imaginação
teve a penetração
dos gols de Leônidas
que, transpondo balizas
e antipatias,
souberam se insinuar
no coração
do Mundo!


Que obra de arte ou de ciência
conteve a idéia e a emotividade
de vossos improvisos
em vôos e saltos,
ó bailarinos espontâneos
ó poetas repentistas
que sorrindo oferecestes vosso sangue
à sede de glória
de um povo
novo?


Ha milhões de pensamentos
impulsionando vossos movimentos.


Na esportiva expressão
que qualquer raça entende
longe de nossa decantada natureza
os Leônidas e os Domingos
fixaram na retina do estrangeiro
a milagrosa realidade
que é o homem do Brasil.


Eia
atletas franzinos
gigantes débeis
que com astúcia e audácia,
tenacidade e energia
transfigurai-vos,
traçando aos olhos surpresos
da Europa
um debuxo maravilhoso
do nosso desconhecido país.


Publicado no livro Sublimação (1938).
In: MACHADO, Gilka. Poesias completas. Apres. Eros Volúsia Machado. Rio de Janeiro: L. Christiano: FUNARJ, 1991


Abraço
Maysa

domingo, 20 de junho de 2010

DOMINGO DE JUNHO - CEU AZUL, SOL MAIOR , CANÇÃO NO AR

Foto by cel. Maysa fev.2010

Meu Rio é assim. Lindo. Maravilhoso, surpreendente, aconchegante.
Muita festa para os olhos de quem chega, só saudade para quem vai.
Vivo aqui desde que num Domingo de junho, cheio de luz, sol e azul ...nasci. Pois é sou carioca, e apaixonada pelo meu lugar.
Era pequena, de poucos invernos, e não entendia a narrativa materna para o dia esplendoroso do meu nascimento.
A menina que fui se perguntava:
- Mas não era inverno?
- Por que mamãe insiste no sol, na luz clara, no azul de encantamentos?
Na juventude esqueci por completo dessa especial história que intrigava minha infância.
Vivíamos os anos de chumbo, nossas vidas eram contadas e entendidas pelo antes e depois do golpe de 64.
A maturidade chegou. Tinha já sobrevivido a tantas perdas... afetivas, materiais.
Entretanto, o país mudara e com a participação dos que aqui estavam. Eu estava.
Não pensara em todos aqueles anos nas conversas amorosas de mãe e filha. Continuavam, como quando foi preciso, secretamente guardadas.
Sonhos e realidade bem misturados fui me redescobrindo. Outras histórias vivendo, outros momentos de receber e dar, alguns de nada acontecer! A vida sempre nos brinda com desafios e caminhos não visitados!
Estou, ainda, aqui e há muitas histórias para contar. Se os netos gostam? Surpreendo-me com algumas que a memória presenteia. Outras invento, outras ouço atenta...
Essa continua minha preferida: Nasci no inverno, num domingo de junho, de sol esplendoroso, céu azul anil. Em uma maternidade de Botafogo, a primeira filha de pais muito felizes...
O tempo se deu a mim para que pudesse descobrir, como todos sabem, que nosso inverno também é assim generoso de luz e cor...e sons!
Abraço
Maysa

sexta-feira, 18 de junho de 2010

JOSÉ SARAMAGO











SARAMAGO...SEM FIM.




Se morrer fosse o fim de tudo...
Não é!
Vive-se no coração de quem ama.
Os que já partiram...
Saboreiam como eternidade
Referencias respeitosas
Contínuas no dia-a-dia
Lembranças, lições
e até mesmo,
A saudade...
Deixada como semente...



Maysa Machado
Santa Teresa, 18. 06.10


Abaixo o link para os Cadernos de Saramago. Essa postagem foi a última do Instituto que leva seu nome.

http://caderno.josesaramago.org/2010/06/18/pensar-pensar/

Abraço quem por aqui passar.

Maysa