OASIS
Só mesmo um oásis, para aplacar essa tristeza. Onde encontrá-lo?
Estamos todos aflitos, sensíveis, nervosos. Se olhar para o céu significa medo, pânico por mais chuva, mais água, mais desequilíbrio...
Parece-nos ridículo, a gente se sente desumano em cumprir o cotidiano possível. Sei que tudo vai se reorganizar, inclusive, nossas emoções. Mas é hora de dor e sofrimento.
Grata pela suavidade, alegria e profundidade de todos os blogues que visito... O meu nunca estará, preparado, para tal tempestade! É vida que nos escapa, que se acaba.
"É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinhoÉ um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira". *
Estamos fartos de discursos, em época de eleição ou em qualquer outro período, e culpabilização à Natureza.
Queremos transparência nas verbas destinadas aos desastres naturais e sociais, em nosso território.
Só mesmo uma pequena região fértil, uma região onde em seu meio viceje a coragem, a honestidade, a solidariedade, e não o que temos recebido, até agora, um árido deserto de homens públicos.
Que não mais se replante, em meio aos escombros, a omissão.
Um abraço
Maysa
PS: *Trecho da letra de Águas de Março, de Tom Jobim.