foto/Vv.mariano/abril2010
A madrugada avança, mas é noite ainda! Posso imaginar o esplendor que se prepara, com suavidade e volúpia, em mais um amanhecer.
A vida contém além...
Raios dourados e alaranjados do sol levantam-se, pipocam os ruídos urbanos que acompanhamos ou construímos sem prestar tanta atenção.
Em caixotes de madeira vão se abrindo formas, cores e cheiros!
O suco está logo ali, cenoura com laranja, morango ou a fruta da estação.
Brilha o sol mais alto do que a linha do horizonte - é dia! Os raios claros da manhã iluminam a multicolorida exposição.
A feira é feita de cor, suor, sons, pregões, muita imaginação.
A faina do feirante instala barracas, toldos, cordas. Pregos aparentes destampam surpresas e sabores.
Há texturas que não só o tato acaricia, mostram-se aos olhos, permitem um passeio e por fim a captura do instante.
O desejo abre o apetite.
- Que tal um bolo de aipim?
-Não, prefiro comer um bobó de camarão!
-Chuchu beleza!
Cozinheiros! o alimento deve ser apreciado antes de comprado. Há quem tenha um ritual para entrar numa feira. Percorrê-la primeiro. Olhos atentos - do começo ao fim!
E, depois que ela termina todo cuidado, motorista, para não furar o pneu no asfalto.
Não esqueçam: Os sonhos serão arrebatados ao sono incomodado em seu ciclo do repouso. Quem consegue dormir sossegado com o som da feira?
É domingo na Glória.
PS: Esse texto fiz para a foto recebida de Vv.mariano. É uma brincadeira nossa, nova e está aberta aos que por aqui passam. Vv. gostou?
Abraço
Maysa