sábado, 1 de maio de 2010

MAIO, MARIA , MÃE, NETOS e MAR...











Maio chegou. Encontrou-me de coração triste, uma querida amiga a menos no convívio. A esperança aturdida, porém, renovada a cada instante... Viver é sempre arte delicada, frágil que exige coragem e amor!

Um tanto pela alegria de ser avó de 3 meninas e um menino, doces e levadas crianças, que me empurram ou me puxam prá vida, resisto. Sozinha continuo, eu mesma, a caminhada sem retorno.
Enquanto saboreio, cada instante, experiências, descobertas e, sobretudo ,cada lembrança boa.

Crio poemas como quem tece um bordado , teço a vida em silêncio delicado.
Outro dia voltando da Barra, admirando a paisagem belíssima do mar soberano escrevi:

NO ELEVADO DA BARRA SENTIDO ZONA SUL

Colho do mar... belo
E triste esplendor.
Manso remanso
Aparência ondular
São as águas cinzas
Tristes tons de tintas
Ondas brandas
entrecortando vagas bravias
Amaciando pedras
Embalando canções
De mais nenhum despertar.

Guardam-se sonhos, mistérios
Na profundeza do mar.
Manso remanso...
Reencontro-me nesse olhar.
Guardam-se magia, segredos.
Dores, tristezas
E não as consigo embalar.

Preciso de asas, nostalgia
Um território amplo
Mata fechada, campo florido
Pradaria... Para as cinzas
Com firmeza espalhar.

As cinzas dos amores findos
Dos amigos mortos
Das perdas tantas
Insistentes companhias
Em meu quase longo caminhar.

Barra, 28 de abril de 2010.







Um abraço afetuoso
Maysa

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