domingo, 21 de novembro de 2010

BÁRBARA PAIS - POESIA

foto delicate galeria Ezlost









Ilusão inalienável


Ora, quero lá saber de chuva,

Do vento que uiva lá fora,

Do rio furioso que transborda,

Dos raios, dos trovões,

De todas as intempéries!

Quero antes aquecer ilusões

À lareira, todos os serões,

De portas e janelas fechadas,

Para que as chuvas ácidas

Que afogam este mundo estranho

No meu mundo nunca entre nada!"



Assim


Se perguntam como vou

Nem sei se saberia saber dizer

que vou assim

como sei ir

sem pressas cada vez menos

sem pressas de chegar

a lugar algum

que saiba saber dizer

assim cada vez menos com um fim

sem pensar

somente a ver

com todos os sentidos

e a gostar

a gostar

( Os dois poemas estão in vida veritas, inédito, 2007)


À sombra das inscrições


Há nas sombras de todas as inscrições
ocultos medos de segredos
que se revelam à superfície da escrita

(in não sei falar de mim, inédito, 2008)

ooo

Um poeta amigo levou-me até a poesia de Bárbara Pais, poeta portuguesa. Agradeço aqui seu carinhoso gesto. Escolhendo algumas descubro um caminho cheio de surpresas, desafios de encantamentos e desesperanças.

Mais Bárbara Pais, no blog VER IN VERSO

http://www.verinverso.com

Um abraço e bom domingo para os que passam aqui n'O Ninho.

Que as chuvas ácidas fiquem suspensas, as tempestades se distanciem e o amor renasça e floresça dentro dos nossos corações amedrontados ...Aquecendo nossas ilusões .

Maysa


Nenhum comentário: