quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
GRACILIANO RAMOS
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
CANÇÃO DO AMOR FUGAZ
Canção do amor fugaz
Maysa Machado
Amor assim do nada
Do de repente
Amanhecido na
Solidão desesperançada.
Gera desertos, miríades
Mais que todos
Os aconchegos imaginados.
Adormecido sem sonhos.
Envolto em fugacidades...
Meu corpo cede, tem sede
Cede, sede.
Quer oásis sem fugas
Quer todos os céus de puro brilho
Estrelados, ali
Por testemunho.
O melhor do amor resiste
Espera se apronta.
Promete alcançar a eternidade
Essência do que somos nós
...Frágeis em nossa humanidade.
Nesse percurso surgem medos
Todos os anseios acompanhados
Por imprevistos, enganos
Ah! Carece entrega.
O amor se assusta.
Se desconhece em
Sua aparência tão efêmera.
É paixão e nada mais.
Rio, Santa Teresa, 29.11.2010
A todos meu abraço
Maysa
sábado, 27 de novembro de 2010
CIDADE DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO
Se nossa cidade fosse apenas este belo cartão postal! Mas é tão mais. Aqui a gente nasce, vive, sonha, perde ilusões. Constrói a vida. Como desejamos que um dia voltasse a ser Maravilhosa!
Já temos o desgaste das horas passadas no trânsito, das omissões do poder público nas áreas prioritárias de educação e saúde, e agora, nas questões de segurança, novas horas em intensa apreensão, por todos, nos aguardam.
Uma Terra em Transe.
Não há paisagem nem corações do bem que resistam! Mas tudo passa! Nada é para sempre! Vai passar...
Enquanto isso governos e transmissões na TV constroem uma outra história para justificar o aparato militar e policial. Comentaristas e personalidades acadêmicas repetem banalidades ou versões peculiares sobre as causas dessa guerra. As políticas de Direitos Humanos são deturpadas. Frágil a nossa democracia.
Ai de ti Rio de Janeiro! Ai de nós cariocas!
Pagamos o elevado preço de tantos e tantos anos sem liberdades democráticas e quando as conquistamos não sabemos como nos livrar dos péssimos governantes, dos péssimos políticos, da péssima herança de violência e arbítrio militar- dos anos de chumbo- incrustada no imaginário policial. Da péssima herança que toda sociedade capitalista impõe.
Avançamos para um Estado policial? será essa a saída? As ruas vão continuar expondo a miséria, sob nossos olhares exauridos ou cegos por tanta injustiça social. Suportaremos mais hipocrisia e desapreço aos fatos históricos? É hora de repudiarmos o faz-de-conta premeditado e que não poderá ficar impune.
Ou vamos nos debruçar fundo em compreender os erros orientados pela sociedade capitalista excludente, submetida, neste transe, ao êxtase do espetáculo?
Business, business!
Varre-se tudo para debaixo do tapete, encontra-se alguns bodes expiatórios. Ninguém de boa vontade aceita as explicações veiculadas para os graves fatos. É hora de pagarmos mais uma fatura, de uma conta que não fizemos!
Quando esses políticos eleitos e reeleitos vão deixar os palanques e honrar os cargos para os quais foram indicados?
O povo solidário resiste.
Que o Domingo seja brando e o atual impasse resolvido sem grande derramamento de sangue.
Deixo meu abraço
Maysa
Aqui a gente nasce, vive, sonha, perde ilusões. Constrói a vida. Como desejamos que um dia voltasse a ser Maravilhosa!
Já temos o desgaste das horas passadas no trânsito, das omissões do poder público nas áreas prioritárias de educação e saúde, e agora, nas questões de segurança, novas horas em intensa apreensão, por todos, nos aguardam.
Uma Terra em Transe.
Não há paisagem nem corações do bem que resistam! Mas tudo passa! Nada é para sempre! Vai passar...
Enquanto isso governos e transmissões na TV constroem uma outra história para justificar o aparato militar e policial. Comentaristas e personalidades acadêmicas repetem banalidades ou versões peculiares sobre as causas dessa guerra. As políticas de Direitos Humanos são deturpadas. Frágil a nossa democracia.
Ai de ti Rio de Janeiro! Ai de nós cariocas!
Pagamos o elevado preço de tantos e tantos anos sem liberdades democráticas e quando as conquistamos não sabemos como nos livrar dos péssimos governantes, dos péssimos políticos, da péssima herança de violência e arbítrio militar- dos anos de chumbo- incrustada no imaginário policial. Da péssima herança que toda sociedade capitalista impõe.
Avançamos para um Estado policial? será essa a saída? As ruas vão continuar expondo a miséria, sob nossos olhares exauridos ou cegos por tanta injustiça social. Suportaremos mais hipocrisia e desapreço aos fatos históricos? É hora de repudiarmos o faz-de-conta premeditado e que não poderá ficar impune.
Ou vamos nos debruçar fundo em compreender os erros orientados pela sociedade capitalista excludente, submetida, neste transe, ao êxtase do espetáculo?
Business, business!
Varre-se tudo para debaixo do tapete, encontra-se alguns bodes expiatórios. Ninguém de boa vontade aceita as explicações veiculadas para os graves fatos. É hora de pagarmos mais uma fatura, de uma conta que não fizemos!
Quando esses políticos eleitos e reeleitos vão deixar os palanques e honrar os cargos para os quais foram indicados?
O povo solidário resiste.
Que o Domingo seja brando e o atual impasse resolvido sem grande derramamento de sangue.
Deixo meu abraço
Maysa
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
OS ACROBATAS - VINICIUS DE MORAES
Os acrobatas Subamos!
Subamos acima
Subamos além, subamos
Acima do além, subamos!
Com a posse física dos braços
Inelutavelmente galgaremos
O grande mar de estrelas
Através de milênios de luz.
Subamos!
Como dois atletas
O rosto petrificado
No pálido sorriso do esforço
Subamos acima
Com a posse física dos braços
E os músculos desmesurados
Na calma convulsa da ascensão.
Oh, acima
Mais longe que tudo
Além, mais longe que acima do além!
Como dois acrobatas
Subamos, lentíssimos
Lá onde o infinito
De tão infinito
Nem mais nome tem
Subamos!
Tensos
Pela corda luminosa
Que pende invisível
E cujos nós são astros
Queimando nas mãos
Subamos à tona
Do grande mar de estrelas
Onde dorme a noite
Subamos!
Tu e eu, herméticos
As nádegas duras
A carótida nodosa
Na fibra do pescoço
Os pés agudos em ponta.
Como no espasmo.
E quando
Lá, acima
Além, mais longe que acima do além
Adiante do véu de Betelgeuse
Depois do país de Altair
Sobre o cérebro de Deus
Num último impulso
Libertados do espírito
Despojados da carne
Nós nos possuiremos.
E morreremos
Morreremos alto, imensamente
IMENSAMENTE ALTO.
in Poemas, sonetos e baladas
in Antologia Poética
in Poesia completa e prosa: "O encontro do cotidiano"
Este poema é um dos meus preferidos . Na adolescência achava que a tradução de climax estava na estrofe em itálico. E com tanto individualismo como acreditar no amor?Na maturidade, malhereusemment, confirmo clímax, continua sendo a dois. Mais que isso: Alcançar o infinito só é possível através do êxtase que o amor oferece. Bom...Esse título é lindo:
Beijo nos que passam por aqui. Maysa |
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
VIDA DE AVÓ É PLURAL
VIDA DE AVÓ É PLURAL
Aniversários, prêmios, vitórias, surpresas
Ontem, o dia foi curto prá tanta comemoração... Em nenhuma delas estive presente, de fato. Fiz agradável programação dominical, mas a existência do afeto nos leva e nos traz por caminhos simultâneos, não programados. Ganhamos o dom da ubiquidade!
Corações têm trânsito pleno, liberdade; esperanças inaugurais são tão boas como as renovadas.
Ser avó é também alcançar um estágio de absoluta doçura e celebração intensa. Da vida que pulsa que brilha nos olhos, no sorriso, e aparece até no choro desmensurado de toda manha infantil.
Aniversário duplo: Um neto e uma neta fazendo sete anos. Ô idade maravilhosa! Os aniversariantes são irmãos gêmeos. Temperamentos e travessuras bem diferentes. A menina bolou a coreografia do ballet moderno que dançou. Ficou bonito! O menino dedilha seu violão e se amarra num jogo de futebol. É rápido, agudo, certeiro.
Coisas de avó? Não eles são bons, alegres, saudáveis, criativos e...têm bons pais.Descubro a qualidade e a atenção do amor de avó, sinto-me um pouco sábia, tem uma plasticidade maior que o de mãe. Pelo menos comigo é assim. Vó é cúmplice. Sugere, não dá bronca e... Pasmem é ouvida.Sem você saber por que seus sentidos se alegram com uma pequena e única frase:
-Te amo vó!
É a declaração de amor mais passageira e verdadeira que se conhece!Faz sentido, eles crescem mudam os amores, mas você continuará parte dos afetos primeiros.
A primeira neta dedica-se com empenho ao que faz. E não faz pouco para seus oito anos... Estudo, piano, ballet, golfe, aulas, aulas. Tem tempo, ainda, para treinar com a bicicleta, escrever poemas, desenhar, ficar atenta as conversas dos adolescentes da escola.Ganhou quatro primeiros lugares, em torneios de golfe, nesse domingo encalorado.
A avó, nem sabia, estava solta na vida como diz a letra da juventude, do nosso Chico, aquele dos verdes olhos e muita poesia...
Querem saber? Ser avó é uma vocação.
Não, não esqueci da quarta neta a mais nova, a caçula...conquistou o segundo lugar em sua faixa de idade no golfe, mas conto aos que me lêem um caso. Em seus quatro anos ela atravessa plena crise por espaço, atenção de todos, resultando algumas de suas birras em proibições dos pais.
Depois de uns dias sem comer guloseimas, enfim, recupera esse direito sagrado, e logo se libera da privação, creio que de vez - desenha um lindo e colorido cartaz a que dá o nome: Chuva de pirulitos. E faz chover! chove do céu, das árvores, das mãos das crianças, em todas as cores e formatos de coração, espiral.
Continuo traçando planos bem variados para minha vida, na maturidade. Descobrindo ou valorizando anseios, mas as surpresas da abuelice são incontáveis e saborosas.São feitas de sonhos, sorrisos, lágrimas passageiras, situações cômicas; são dias de descobertas, muito aprendizado com os pequenos.
É de amor a tessitura desse quase retorno à infância.
Então, quem se habilita? O tédio não há de lhes visitar.
Abraços
Maysa
domingo, 21 de novembro de 2010
BÁRBARA PAIS - POESIA
Ilusão inalienável
Ora, quero lá saber de chuva,
Do vento que uiva lá fora,
Do rio furioso que transborda,
Dos raios, dos trovões,
De todas as intempéries!
Quero antes aquecer ilusões
À lareira, todos os serões,
De portas e janelas fechadas,
Para que as chuvas ácidas
Que afogam este mundo estranho
No meu mundo nunca entre nada!"
Assim
Se perguntam como vou
Nem sei se saberia saber dizer
que vou assim
como sei ir
sem pressas cada vez menos
sem pressas de chegar
a lugar algum
que saiba saber dizer
assim cada vez menos com um fim
sem pensar
somente a ver
com todos os sentidos
e a gostar
a gostar
( Os dois poemas estão in vida veritas, inédito, 2007)
À sombra das inscrições
Há nas sombras de todas as inscrições
ocultos medos de segredos
que se revelam à superfície da escrita
(in não sei falar de mim, inédito, 2008)
ooo
Um poeta amigo levou-me até a poesia de Bárbara Pais, poeta portuguesa. Agradeço aqui seu carinhoso gesto. Escolhendo algumas descubro um caminho cheio de surpresas, desafios de encantamentos e desesperanças.
Um abraço e bom domingo para os que passam aqui n'O Ninho.
Que as chuvas ácidas fiquem suspensas, as tempestades se distanciem e o amor renasça e floresça dentro dos nossos corações amedrontados ...Aquecendo nossas ilusões .
Maysa
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
FLOR BELA ESPANCA- CONTO DE FADAS
terça-feira, 16 de novembro de 2010
PENSAMENTO PERSA
domingo, 14 de novembro de 2010
DA MINHA INFÂNCIA SOBRAM LEMBRANÇAS...
DA MINHA INFÂNCIA SOBRAM LEMBRANÇAS.
Por Maysa Machado
Da minha infância sobram lembranças...
Não saudades.
Boas ou más. Curiosas, instigantes
Duras e acachapantes.As deliciosas
Da infância protegida
Por pai, mãe, única avó e madrinha.
Tia.
E muita fantasia...
Histórias do afeto
Encantamento com o mundo
Ainda não conhecido.
E depois... Metamorfoseado
Foi ficando pequeno
Igual ao pátio do jardim de infância
Revisitado.
Mundo que a 2000 não chegaria!
Da minha...
Sobram ensinamentos
Não certezas.
Somente alguns caminhos:
Ter coragem. Continuar lutando.
Ser digna, generosa.
Resistir à vilania.
Da minha infância sobram afetos
Misturados a ordens severas
Nem sempre bem cumpridas
Sobram culpas e tristezas
Mas fazer o que?
De saudades a minha infância não foi feita.
Elas não sobram. Foram todas reunidas
Num pacote único escrito:
Vida!
Santa Teresa, 14 de novembro de 2010
Com um abraço de Domingo!
Maysa
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
IPÊ AMARELO
Foto by cel Maysa Machado.11.2010
Luzes e sombras
Do amarelo ao ouro
O Ipê se basta
Reluz tanto!
Seduz em seu canto.
Toma os verdes e azuis
Das terras e dos céus.
Singular entre tantos.
Vizinha a sombra
Guarda o frescor
Dos umbrais.
Santa Teresa, 11 de novembro de 2010.
Um abraço carinhoso aos que passam por aqui.
PS: Este IPÊ florido encanta a todos no Clube Itanhangá -Rio
Maysa