
Aqui, n'O Ninho e a Tempestade, deixo homenagem ao homem público LEONEL DE MOURA BRIZOLA. Se vivo estivesse faria nesta data-22de janeiro-oitenta e nove anos. Morreu em 2004, aos 82 anos, na cidade do Rio de janeiro.
Tive a honra de com ele conviver, na construção do Partido Democrático Trabalhista.
Acompanhei e participei das etapas para a re-fundação do novo PTB - início dos anos 80. Perdida a sigla, para as artimanhas políticas, bem sucedidas, do Gal. Golbery, em memorável dia transformamos a derrota em esperança: Fundamos o Partido Democrático Trabalhista - PDT.
Criticado pela inteligência brasileira, alcunhado de caudilho, ofendido e tratado com desprezo pelas novas forças políticas como demagogo, ele não surgiu na cena brasileira por acaso. Foi um autêntico líder popular e não populista.
Sua história pessoal,triste e trágica como a de milhares de brasileiros pobres e órfãos, era a motivação para divulgar sua maior bandeira de luta e emancipação: A Educação.
Esse homem público, respeitado por uns, odiado pelas elites e pelos pelegos contemporâneos, foi um exemplo de patriota.
Respeitava a coisa pública e seu projeto político compreendia uma Nação soberana; falava das perdas internacionais, da espoliação dos trabalhadores, e das riquezas nacionais; foi boicotado pelos meios de comunicação. Travou grande luta denunciando os privilégios das elites nacionais e internacionais, que sangravam nossa economia em espúrios e lesivos acordos financeiros, econômicos, sociais e políticos.
Que os jovens, algum dia, ao comemorarem os avanços de nossa democracia, lhe façam justas homenagens.
Se fosse ávido pelo poder, não teria mantido o gesto generoso de abrir mão, em 1998, de sua candidatura à Presidente do Brasil.
Morto sua memória, seus atos públicos são seu único legado. Cada brasileiro que com ele teve a honra de conviver, aprendeu, sabe e saberá honrá-lo nesta caminhada.
Aos que vilipendiam seus ensinamentos e exemplos só podemos lembrar: A história os julgará, os esquecerá.
Ainda é tempo!
Um abraço carinhoso para os que por aqui passam!
Maysa