terça-feira, 25 de janeiro de 2011
POR DO SOL EM IPANEMA
sábado, 22 de janeiro de 2011
LEONEL BRIZOLA - 89º ANIVERSÁRIO
Aqui, n'O Ninho e a Tempestade, deixo homenagem ao homem público LEONEL DE MOURA BRIZOLA. Se vivo estivesse faria nesta data-22de janeiro-oitenta e nove anos. Morreu em 2004, aos 82 anos, na cidade do Rio de janeiro.
Tive a honra de com ele conviver, na construção do Partido Democrático Trabalhista.
Acompanhei e participei das etapas para a re-fundação do novo PTB - início dos anos 80. Perdida a sigla, para as artimanhas políticas, bem sucedidas, do Gal. Golbery, em memorável dia transformamos a derrota em esperança: Fundamos o Partido Democrático Trabalhista - PDT.
Criticado pela inteligência brasileira, alcunhado de caudilho, ofendido e tratado com desprezo pelas novas forças políticas como demagogo, ele não surgiu na cena brasileira por acaso. Foi um autêntico líder popular e não populista.
Sua história pessoal,triste e trágica como a de milhares de brasileiros pobres e órfãos, era a motivação para divulgar sua maior bandeira de luta e emancipação: A Educação.
Esse homem público, respeitado por uns, odiado pelas elites e pelos pelegos contemporâneos, foi um exemplo de patriota.
Respeitava a coisa pública e seu projeto político compreendia uma Nação soberana; falava das perdas internacionais, da espoliação dos trabalhadores, e das riquezas nacionais; foi boicotado pelos meios de comunicação. Travou grande luta denunciando os privilégios das elites nacionais e internacionais, que sangravam nossa economia em espúrios e lesivos acordos financeiros, econômicos, sociais e políticos.
Que os jovens, algum dia, ao comemorarem os avanços de nossa democracia, lhe façam justas homenagens.
Se fosse ávido pelo poder, não teria mantido o gesto generoso de abrir mão, em 1998, de sua candidatura à Presidente do Brasil.
Morto sua memória, seus atos públicos são seu único legado. Cada brasileiro que com ele teve a honra de conviver, aprendeu, sabe e saberá honrá-lo nesta caminhada.
Aos que vilipendiam seus ensinamentos e exemplos só podemos lembrar: A história os julgará, os esquecerá.
Ainda é tempo!
Um abraço carinhoso para os que por aqui passam!
Maysa
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
OÁSIS
OASIS
Só mesmo um oásis, para aplacar essa tristeza. Onde encontrá-lo?
Estamos todos aflitos, sensíveis, nervosos. Se olhar para o céu significa medo, pânico por mais chuva, mais água, mais desequilíbrio...
Parece-nos ridículo, a gente se sente desumano em cumprir o cotidiano possível. Sei que tudo vai se reorganizar, inclusive, nossas emoções. Mas é hora de dor e sofrimento.
Grata pela suavidade, alegria e profundidade de todos os blogues que visito... O meu nunca estará, preparado, para tal tempestade! É vida que nos escapa, que se acaba.
"É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinhoÉ um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira". *
Estamos fartos de discursos, em época de eleição ou em qualquer outro período, e culpabilização à Natureza.
Queremos transparência nas verbas destinadas aos desastres naturais e sociais, em nosso território.
Só mesmo uma pequena região fértil, uma região onde em seu meio viceje a coragem, a honestidade, a solidariedade, e não o que temos recebido, até agora, um árido deserto de homens públicos.
Que não mais se replante, em meio aos escombros, a omissão.
Um abraço
Maysa
PS: *Trecho da letra de Águas de Março, de Tom Jobim.
sábado, 15 de janeiro de 2011
LUZ POUCA NO BREU
LUZ POUCA NO BREU
Maysa Machado
O escuro da noite
É alumiado
Por uma lua
Que a tudo vigia
Em triste céu nublado.
Vinga luz pouca no breu
Tímida sem brilho
Sem alegria.
Silhuetas nas sombras
Das árvores
Quase não movem...
Folhas não voam.
Há uma conversa de cavalo e bruxa
No plano do aqui perto
Do agora já!
Depois da tempestade
Prenúncios do amanhã...
Santa Teresa, 14 de janeiro de 2011.
Abraço
Maysa
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
NESSE MOMENTO...
SE EU TIVESSE UMA GATINHA
Se eu tivesse uma gatinha...
CINCO, CINCO, QUATRO...
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
MARIO QUINTANA - CADERNO H
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
VIORICA GURAU- PARADOXE DU TEMPS
“A cada dia basta o seu cuidado" - Mateus 6, 24-34
Passamos o Dia de Reis, eu e minha amiga poeta, juntas!
Matamos a saudade. Atualizamos o papo cotidiano interrompido há muitos meses, independendo de nossa vontade.
Seu filho mais novo brincava por perto. Um menino doce, esperto. O pequeno cãozinho, parte da vida doméstica, corria, latia, divertindo o garoto. Nossos corações bateram felizes durante a singela e improvisada comemoração do Dia dos Reis Magos.
Lembranças e lembrancinhas entregues entre um gole e outro de chá gelado... A felicidade nos visita, e por um fim de tarde, somos companheiras da boa sorte.Voltando a compartilhar o tempo, falando de poesia, de amor, de vida... E saúde. De pessoas próximas ou das que já estão distantes. Há mútuo entendimento sobre as distâncias e o tempo.
O tempo - esse fio condutor - enlaça e desenlaça sentimentos. Reúne e espalha propósitos. Revi seus poemas, escolhi alguns e insisto, com ela:
- Precisa publicar!
Ela sorri, suavemente, e me diz:
-Estou voltando! Fico só mais uns dois meses por aqui!
O tempo acabou!
A permanência da família na terra do sol, está se concluindo.
E, de novo, o tempo é curto para preparar a volta, escolher o colégio das crianças, embalar as coisas da mudança de um continente ao outro.
De novo distância e tempo se aliam.
E nós... Amigas encontradas porque gostamos de escrever poesia! O tempo não espera.
Escolhi para homenagear a amizade e a vida o poema "Paradoxe du Temps". Escrito em francês, língua em que Viorica se comunica com o mundo. O tempo voa.
Após nossas observações sobre tradução e traição (rsrs) mantenho-o no original. O tempo é precioso. É música para a alma. Basta ouvir.
Paradoxe du temps
Le temps s'en va.
Le temps s'envole.
Le temps s'enfuit.
Le temps n'attend pas.
On perd son temps.
Ca demande du temps.
Prennez votre temps!
Le temps est précieux.
Le temps guérit tout.
Le temps est notre allié.
Et cette seconde
où je m'allonge,
où mon ame reve,
est la meme qui
inexorablement
s'éteint.
V.Gurau, 17.10.2010