sexta-feira, 25 de setembro de 2009

PAULÃO SETE CORDAS








É um gênio da raça.

Alto, forte, olhos verdes...inquietos. Gente, só o olhar dá pinta de prescrutador, o que sobra em Paulão Sete Cordas é doçura.
Sabe uma pessoa amável, suave, dedicado musicista e boêmio irrecuperável. Podem acreditar dá prá conciliar, não é Maestro?
Tem defeitos, conheço dois: Fuma , bebe... mas, no meio artístico eles nem são considerados assim. Quase todo mundo pratica os dois prá esquecer uma porção de outras coisas...

Toca, canta, faz primorosa direção artística e musical, em shows memoráveis. Quem o acompanha , fã como eu, percebe que cultiva o compromisso de apresentar os novos talentos e não deixar, no esquecimento, os que já coroaram de êxitos suas carreiras. Cantores, músicos, compositores sabem que Paulão lhes é fiel !
Assim, compartilha doçura e conhecimento musical, nosso maestro, querido músico.

É modesto, reservado e, ainda por cima, acompanha faz tempo outra figura da música brasileira , muito querida, extrovertida e amada: ZECA PAGODINHO.

Quem quiser ver tudo isso, que escrevi acima, em tempo real é só subir as ladeiras de Santa Teresa, bairro boêmio do Rio, nas noites de quarta-feira . Procurar assento, numa das mesas perto da mesa dos músicos e deixar a tristeza e a alegria, de pazes feitas e mãos dadas!

O restaurante é o SOBRENATURAL, a dona - a querida e guerreira SÉRVULA- que por vezes alegra as nossas noites e, tímida, dá uma palinha , a voz e o canto de cabrocha inconfundíveis.
Como fazíamos na década passada.

Ah! o horário em que tudo isso de bom, começa: lá por volta das 19 hs. Antes, os músicos que acompanham Mestre Paulão já estão no batente.

É ver para crer.
Um Rio de música, paz, comunhão entre gerações e, gente como todos nós que trabalha duro para viver e ser !

Bjs

Maysa

5 comentários:

Érico Cordeiro disse...

Maravilha, Maysa.
Invejo-a por poder desfrutar desse ambiente que parece ser maravilhoso.
Lembro que passava momentos bastante felizes em Santa Tereza, quando ia passar as férias no Rio e visitávamos a saudosa Tia Tonica (na verdade tia-avó).
Eu ficava na sacada do pequeno apartamento onde ela morava, assistindo às rodinhas de choro que aconteciam bem ali embaixo e ficava extasiado - já se vão uns bons 30 anos mas nunca me esqueci daquelas tardes maravilhosas - e íamos de bondinho e tudo. Saudade daqueles tempos!
Abraço fraterno!

Maysa disse...

Caro Érico
Fico feliz quando abro a correspondencia e encontro um comentário como o seu,delicado, que traz junto o bilhete de viagem na memória. É isso, como mágicos instigamos, através das palavras, músicas, casos contados, as lembranças e a curiosidade de quem nos visita.
Mas vou contar um segredo que há muito venho guardando de você , chegou a hora:
Fico deslumbrada quando o JAZZ+BOSSA+BARATOS OUTROS divulga a programação aí de S.Luiz, um bairro Farol(?), um restaurante DA GEMA e sabe porque?
Sou neta de maranhenses( avó e avô maternos.Um desejo em breve vou realizar: Conhecer esta terra que me desperta o mesmo que v. sente por Santa Teresa. A tradução é só uma.A cultura de um lugar entranhada na gente!(mesmo quando não moramos lá!!)
Abcs
Maysa

Érico Cordeiro disse...

Cara Maysa,
Legal saber que você tem raízes maranhenses.
Coincidentemente, meus avós maternos moraram no Rio durante muitos anos. Ainda tenho três tias e um tio morando aí, além dos filhos da minha tia avó de que falei.
Como o Maranhão é pequeno, vai ver somos até parentes - já pensou, prima?
E quando vier a São Luís, não se faça de rogada - avise, que nós fazemos questão de conhecê-la pessoalmente.
Sobre esse sentimento, misto de nostalgia e saudade de algo que sequer conhecemos, tem uma música da Tânia Maria que fala muito bem dessa relação com o Maranhão (ela que é maranhense e que saiu daqui ainda bebê). No blog do meu compadre Celijon tem um artigo sobre a Tânia Maria e no podcast tem a música (chama-se Euzinha).
Tem um link para o blog dele (chama-se Soblônicas) lá no JAZZ + BOSSA.
Depois dá uma procurada e ouça a música, ok? Acho qque você vai gostar bastante.
E, por favor, me fale um pouco dos seus avós, talvez haja mesmo alguma relação de oparentesco entre a gente!
Um fraterno abraço!

Maysa disse...

Érico

V. acertou em cheio:

Eu nunca fui ao Maranhão mas eu gosto de lá, diz a canção e, eu ...
Sei que gosto daí, e lhe digo daqui, que tenho o Maranhão dentro de mim, desde minha mais tenra idade..
O gosto pela escrita, pela boa prosa e poesia, a beleza antiga e misteriosa que se oferece nas fachadas dos sobrados e, se desdobra nos detalhes dos azulejos.
Ah! e o suingue, a música , a sensualidade que não economiza espaço, quer pela malícia , quer pela ingenuidade das moças maranhenses!e de sensualidade dão banho em Capitu! Machado que nos perdoe.
Eu, sendo neta de uma dessas moças quietas,o mesmo tanto de femininas e guerreiras, tenho sim um pé no Maranhão, e em breve quero por os dois.

Aí, primo vou sentir que tudo encaixou, que o quebra cabeça ficou completo.As peças estão, ainda, umas pouquinhas esperando ir pros seus lugares!
Abcs
Maysa

Anônimo disse...

Não tive o prazer nem a coragem de me aproximar deste monstro sagrado da viola, mas estou sempre a esprita, a olhar incredulo a sua desenvoltura nas rodas da Lapa, santa tereza e outros Céus.
Quem sabe um dia, não lhe estendo a mão e lhe agradeço
- obrigado por meus ouvidos poderem escutar belos acordes tocados por ti.
salve a musica, salve o samba.
Viva Paulão

Ailton de Almeida