terça-feira, 5 de julho de 2011
CANÇÃO DA MANHÃ FELIZ- HAROLDO COSTA/LUIZ REIS
quinta-feira, 30 de junho de 2011
DORIVAL E A MENINA _ MAYSA MACHADO
segunda-feira, 27 de junho de 2011
O GOSTO DA SEGUNDA - FEIRA CINZENTA - MAYSA MACHADO
O GOSTO DA SEGUNDA - FEIRA CINZENTA
Maysa Machado
O gostoso barulho da chuva miúda, para mim é um cântico. Assim, adormeci com seu ritmo constante. Não sem antes rir, solitária, pressentindo a segunda- feira cinzenta, fria e úmida. Talvez, ao vestir-se o tempo nos dias que correm, com tantas características climáticas, obrigue-nos a aceitar que as mudanças estão por toda parte. Sobretudo, dentro de nós.
Reconcilio-me, então, com os dias chuvosos, nublados, pois até eles trazem uma beleza distante, que nos mostra a importância de viver. Se ficarmos mais nostálgicos, nada nos impedirá de exibirmos uma capacidade reflexiva considerável. Reaprendemos a ser.
Há o que detestar e sempre haverá: Caminhar na chuva é bom no cinema, não nas ruas do Rio. Mas esticar a preguiça e levantar mais tarde em manhãs cinzentas é prá lá de ótimo! Tomar chocolate quente, numa xícara bonita e fumegante! Vestir um casaco e ir ver o mar... Não só é divino, como a parte melhor que há na solidão.
Então, o ir e vir constante, mesmo na falta de movimento aparente, muda nosso olhar sobre o tempo. O tempo que passa espremido entre os ponteiros do relógio é o que nos ultrapassa nas tarefas deixadas de realizar, no espaço de um dia.
O tempo vivido, lembrado, passado recriado, reciclado, por chegar! É desse tempo interno, que se ainda nos mostra juventude de sentir, nos traz a eternidade de presente, em cada minuto.
Pode chover e ficar cinza, lá fora. Você se colore de amarelo, vermelho, verde, azul, rosa pink, turquesa, prata, ouro... lilás,laranja.
Santa Teresa, 27 de junho de 2011.
sábado, 25 de junho de 2011
DOMINGO DE SOL - MAYSA MACHADO
Presente de Aniversário
O mimo mais lindo, que recebi em toda a vida, foi minha mãe quem trouxe. E ela, com espontaneidade, repetia o presente a cada ano.
Engraçado, em pequena, imaginava a partir das leituras dos livros infantis, alguma coisa mais ou menos assim: Inverno é inverno, faz frio o tempo todo, e o sol não visita ninguém.
Uma criança de hoje, com as informações que recebe, pode, além de conhecer sobre diferenças climáticas em detalhes, ter certeza que o sol não se esconderá abaixo do equador por muito tempo. Imaginar invernos ensolarados não lhe aguçará nenhuma fantasia.
Da criança que fui, ficaram gravadas, em minha memória afetiva, conversas, frases:
— Você nasceu num Domingo de Sol! Amanheceu junto com aquele lindo dia, às cinco horas da manhã. Depois, vi o céu azul, nuvens muito brancas e gorduchas, como você. Foi o momento mais feliz da minha vida! A maior emoção de felicidade, sentida até ali.
Assim, minha mãe descrevia o dia em que nos conhecemos. E continuava...
— Seu pai queria que nosso primeiro filho fosse uma menina, chegou você, tez rosada, a boca feito um coraçãozinho vermelho, olhos e cabelos castanhos, criança robusta, saudável. Nossa alegria daria prá fazer muitas festas...
Recebi presentes de aniversário variados, mas o que sempre mais agradou foi esse apanhado de emoções condensadas por minha mãe, nas frases amorosas que me disse, e repetia a cada ano.
Uma pessoa que nasce num Domingo de Sol deve ter algum atributo especial — sonhava.
Com o tempo, páginas sendo vividas e viradas, fui percebendo que o mais é mesmo um amor forte pela vida. Uma alegria que vence qualquer desafio e que sobrevive a qualquer perda, até as afetivas. Há um ciclo interno, movido à felicidade, que se repete. Deve ser a tal de Esperança.
Todos os dias só contam porque existem os domingos. E neles, a única surpresa esperada: Um sol que brilhe e aqueça a todos. Esse ano tomara que a segunda- feira seja de sol brilhante, calorzinho de inverno carioca, rsrsrs. E já estou esperando muito amor, carinho, amizades sinceras... tudo isso com saúde, que é fundamental prá receita continuar a dar certo.
Santa Teresa, 23 de junho de 2011
sexta-feira, 24 de junho de 2011
CHEGANÇA - NARA LEÃO
Chegança
Edu Lobo - Vianinha
Estamos chegando daqui e dali
E de todo lugar que se tem pra partir
Estamos chegando daqui e dali
E de todo lugar que se tem pra partir
Trazendo na chegança
Foice velha, mulher nova
E uma quadra de esperança
E uma quadra de esperança
Ah, se viver fosse chegar
Ah, se viver fosse chegar
Chegar sem parar, parar pra casar
Casar e os filhos espalhar
Por um mundo num tal de rodar
Por um mundo num tal de rodar
terça-feira, 21 de junho de 2011
INVERNO NO RIO - MAYSA MACHADO
Começo de Inverno
Maysa Machado
A primeira tarde de inverno foi quente na cidade do Rio de Janeiro. A máxima chegou a 32 graus em Santa Cruz (INMET). Na Praça Mauá a máxima chegou a 31 graus (INMET).
Maysa
terça-feira, 14 de junho de 2011
VERMELHO AMARGO - BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS
Escrever é um ato de vaidade? Ler comporta generosidade?
As perguntas não querem ser proferidas, mas latejam colam, não desgrudam de nós. Cada frase de um texto escrito pelo autor, Bartolomeu Campos de Queirós, não fica perdida. A gente quando menos espera se encontra no meio delas. O viver, o sofrer, o imaginado, o sonhado, a fantasia que não dá conta da dura realidade.
É de vida que seus livros tratam. Dessa vida que escorre rápida entre silêncios e o falar baixinho, das palavras que tecem e destecem sentimentos...
Ouvi, hoje, mais uma vez, e ouvirei quantas mais me forem permitidas esse autor do sentimento, da reflexão, da memória. Como ele diz: A literatura é a conversa silenciosa entre o autor e leitor. O autor empresta asas ao leitor, e este vai a lugares que nunca o autor poderá ir.
Comprei seu último livro - VERMELHO AMARGO - vou lê-lo com o cuidado e carinho de sempre. Sou uma leitora apaixonada por Bartolomeu.
Se quiserem leiam a sinopse aqui. A Editora é a Cosac Naify.
Tem mais, amanhã, encontro com o autor, no XIII Salão da Fundação Nacional do Livro Infanto Juvenil FNLIJ, no Centro de Convenções Sul-América, na cidade Nova.
Estará no Seminário da FNLIJ às 14:45.
Informações: www.fnlij.org.br
Email: seminario@fnlij.org.br
Tels: 21-22629130
Não percam e depois me contem.
Um abraço
Maysa
segunda-feira, 13 de junho de 2011
APARIÇÃO E MIRAGEM
Aparição e Miragem
Somos nós.
Assim nos completamos?
De ausências, vazios e nãos...
Você, mistério insondável.
Talvez, um bem calculado faz-de-conta.
Eu, sem reflexos nem sinal.
De aparência não permeio
Sua vida dita real.
Dos projetos futuros
Existo no desejo presente.
E qual fetiche se propõe discreto. Efêmero, sem nexo.
Tendo como essência a perversa negação
Do amor, do afeto, da emoção!
Querendo ser por assim dizer
Apenas sexo!
Santa Teresa, 27.07.07
Maysa
sexta-feira, 10 de junho de 2011
OH! DEVAGAR MIUDINHO...DEVAGARINHO- PAULINHO DA VIOLA
A música que destaco na postagem "prova de amizade que a gente tem pela orgia", traz por inteiro a suavidade sensual na interpretação de Paulinho; a dança maliciosa e ingênua, o ritmo falado no pé... Pés que dançam com total mansidão e precisão, sem deixar - esta última - que o improviso, primo da malícia e da surpresa, nos conquiste.
Ah! Quantas noites de alegria e música provei. Não é saudade, é testemunho do êxtase, da beleza... saboreados.
Provem, também, é só um aperitivo, de um elixir que deve ser, suavemente, sorvido: VIDA.
Nessa gravação estão todos os amados mestres. Faço singela homenagem ao Copinha, na flauta, ao Benedito César, pai de Paulinho,no violão. A Seu Argemiro, ao Jair do Cavaco, todos eternamente em nossos corações.
E agradecimentos à Eliane Faria, cantora, filha, neta, sobrinha do Samba.
Filha de Paulinho, neta de Benedito César, e sobrinha de Anescarzinho, do Salgueiro. Isso é que é DNA.
Abraços
Maysa