Não conheci paraense mais carioca que o Billy Blanco. Partiu do Rio, da vida, hoje pela manhã, deixando para quem quiser lembrar, ou conhecer, sambas lindos, crônicas em letras bem humoradas, sarcásticas.
Parceiro de Tom Jobim, em Teresa da Praia, sucesso de 1954, de Baden Powell, em Samba Triste . Tem uma extensa produção de qualidade.
Viva o querido boêmio, com carinho e malícia, no coração de todos. As interpretações de suas músicas foram várias. Desde Isaura Garcia, Elis Regina, Elza Soares, Dóris Monteiro, na conhecida Banca do Distinto, até Lúcio Alves, Dick Farney, em Teresa da Praia, João Gilberto, e muitos outros.
Todos traduziam suas palavras irreverentes, retratos de várias épocas e dos vários amores, em canções inesquecíveis.
Um abraço para os que amam música, e mais ainda a MPB.
Canção linda essa. Foi gravada, pela primeira vez, por Miltinho, cantor dos anos sessenta. Colecionador de sucessos.
Escolhi a interpretação de Elizeth Cardoso, pela magia que sua voz contém, e por saber que dessa magia a vida não se desfaz, mesmo nos momentos tristes.
A manhã está cinzenta, nublada.
E triste.
Inverno apenas? Não... São as notícias de perdas, partidas.
Portanto, para quem fica é preciso lembrar, acreditar mesmo, que toda manhã que desponta - luminosa ou nublada- deve ser feliz. Faça seu movimento para isso.
Manhã feliz do seu jeito, um pouco triste, um pouco cinza, de aparência fria e distante. Uma única manhã, em nossas vidas.
Há quem tenha o que comemorar. Nós temos.
Um abraço carinhoso para os que fazem aniversário nessa manhã.
Um dia, aos quatorze anos, a mãe da menina lhe disse:
- Você tem mudado muito, querida! Só numa coisa vc continua igual.
A menina , curiosa, logo perguntou?
- No que mamãe?
- No gosto por Dorival. Desde pequenininha, quando a voz de Caymmi surge no rádio, você volteia, dança, sorri, canta. Até parece que nasceu na Bahia...
Minha paixão por Dorival é imensa, intensa. Amar a voz, a inspiração do baiano quieto, bonachão foi um dos bons cultivos em minha vida.
O gostoso barulho da chuva miúda, para mim é um cântico. Assim, adormeci com seu ritmo constante. Não sem antes rir, solitária, pressentindo a segunda- feira cinzenta, fria e úmida. Talvez, ao vestir-se o tempo nos dias que correm, com tantas características climáticas, obrigue-nos a aceitar que as mudanças estão por toda parte. Sobretudo, dentro de nós.
Reconcilio-me, então, com os dias chuvosos, nublados, pois até eles trazem uma beleza distante, que nos mostra a importância de viver. Se ficarmos mais nostálgicos, nada nos impedirá de exibirmos uma capacidade reflexiva considerável. Reaprendemos a ser.
Há o que detestar e sempre haverá: Caminhar na chuva é bom no cinema, não nas ruas do Rio. Mas esticar a preguiça e levantar mais tarde em manhãs cinzentas é prá lá de ótimo! Tomar chocolate quente, numa xícara bonita e fumegante! Vestir um casaco e ir ver o mar... Não só é divino, como a parte melhor que há na solidão.
Então, o ir e vir constante, mesmo na falta de movimento aparente, muda nosso olhar sobre o tempo. O tempo que passa espremido entre os ponteiros do relógio é o que nos ultrapassa nas tarefas deixadas de realizar, no espaço de um dia.
O tempo vivido, lembrado, passado recriado, reciclado, por chegar! É desse tempo interno, que se ainda nos mostra juventude de sentir, nos traz a eternidade de presente, em cada minuto.
Pode chover e ficar cinza, lá fora. Você se colore de amarelo, vermelho, verde, azul, rosa pink, turquesa, prata, ouro... lilás,laranja.
O mimo mais lindo, que recebi em toda a vida, foi minha mãe quem trouxe. E ela, com espontaneidade, repetia o presente a cada ano.
Engraçado, em pequena, imaginava a partir das leituras dos livros infantis, alguma coisa mais ou menos assim: Inverno é inverno, faz frio o tempo todo, e o sol não visita ninguém.
Uma criança de hoje, com as informações que recebe, pode, além de conhecer sobre diferenças climáticas em detalhes, ter certeza que o sol não se esconderá abaixo do equador por muito tempo. Imaginar invernos ensolarados não lhe aguçará nenhuma fantasia.
Da criança que fui, ficaram gravadas, em minha memória afetiva, conversas, frases:
— Você nasceu num Domingo de Sol! Amanheceu junto com aquele lindo dia, às cinco horas da manhã. Depois, vi o céu azul, nuvens muito brancas e gorduchas, como você. Foi o momento mais feliz da minha vida! A maior emoção de felicidade, sentida até ali.
Assim, minha mãe descrevia o dia em que nos conhecemos. E continuava...
— Seu pai queria que nosso primeiro filho fosse uma menina, chegou você, tez rosada, a boca feito um coraçãozinho vermelho, olhos e cabelos castanhos, criança robusta, saudável. Nossa alegria daria prá fazer muitas festas...
Recebi presentes de aniversário variados, mas o que sempre mais agradou foi esse apanhado de emoções condensadas por minha mãe, nas frases amorosas que me disse, e repetia a cada ano.
Uma pessoa que nasce num Domingo de Sol deve ter algum atributo especial — sonhava.
Com o tempo, páginas sendo vividas e viradas, fui percebendo que o mais é mesmo um amor forte pela vida. Uma alegria que vence qualquer desafio e que sobrevive a qualquer perda, até as afetivas. Há um ciclo interno, movido à felicidade, que se repete. Deve ser a tal de Esperança.
Todos os dias só contam porque existem os domingos. E neles, a única surpresa esperada: Um sol que brilhe e aqueça a todos. Esse ano tomara que a segunda- feira seja de sol brilhante, calorzinho de inverno carioca, rsrsrs. E já estou esperando muito amor, carinho, amizades sinceras... tudo isso com saúde, que é fundamental prá receita continuar a dar certo.
Adoro estar, aqui, em 2011, totalmente instalada no primeiro ano do segundo decênio, do terceiro milênio, e aprontando a disposição para acompanhar a programação que é extensa.
Desejo chegar lá, primeira etapa: 2020. Vou?
Já que a certeza vem depois, falo e ouço ecos de 1964 .Esse ano fez parte de minha vida, da de todos os jovens, com suas propostas despojadas, as mesmas dos que já tiveram vinte anos...
Agora Nara, Elis, Edu, Vianinha, não são passado, são marcos da criação, de alegria e de nosso olhar debruçado pela cultura popular.
CHEGANÇA , canção de EDU e VIANINHA, é trabalho de educação musical no colégio das netas! E dizer, ou lembrar que sua avó assistiu comovida NARA, no Teatro Opinião.
Chegança
Edu Lobo - Vianinha
Estamos chegando daqui e dali E de todo lugar que se tem pra partir Estamos chegando daqui e dali E de todo lugar que se tem pra partir Trazendo na chegança Foice velha, mulher nova E uma quadra de esperança E uma quadra de esperança Ah, se viver fosse chegar Ah, se viver fosse chegar Chegar sem parar, parar pra casar Casar e os filhos espalhar Por um mundo num tal de rodar Por um mundo num tal de rodar
É curioso ficar vivo, mais ainda, ter o propósito de envelhecer compartilhando lembranças.
Beijos
neste dia de fogueiras acesas para assar batatas, milhos, jamais idéias!
Quer saber mais sobre o inverno que começa , hoje, no Rio? clique aqui
Calor na cidade do Rio21 de junho de 2011
A primeira tarde de inverno foi quente na cidade do Rio de Janeiro. A máxima chegou a 32 graus em Santa Cruz (INMET). Na Praça Mauá a máxima chegou a 31 graus (INMET).
Escrever é um ato de vaidade? Ler comporta generosidade?
As perguntas não querem ser proferidas, mas latejam colam, não desgrudam de nós. Cada frase de um texto escrito pelo autor, Bartolomeu Campos de Queirós, não fica perdida. A gente quando menos espera se encontra no meio delas. O viver, o sofrer, o imaginado, o sonhado, a fantasia que não dá conta da dura realidade.
É de vida que seus livros tratam. Dessa vida que escorre rápida entre silêncios e o falar baixinho, das palavras que tecem e destecem sentimentos...
Ouvi, hoje, mais uma vez, e ouvirei quantas mais me forem permitidas esse autor do sentimento, da reflexão, da memória. Como ele diz: A literatura é a conversa silenciosa entre o autor e leitor. O autor empresta asas ao leitor, e este vai a lugares que nunca o autor poderá ir.
Comprei seu último livro - VERMELHO AMARGO - vou lê-lo com o cuidado e carinho de sempre. Sou uma leitora apaixonada por Bartolomeu.
Se quiserem leiam a sinopse aqui. A Editora é a Cosac Naify.
Tem mais, amanhã, encontro com o autor, no XIII Salão da Fundação Nacional do Livro Infanto Juvenil FNLIJ, no Centro de Convenções Sul-América, na cidade Nova.
CARIOCA de Botafogo. Coração BOTAFOGUENSE E MANGUEIRENSE.
OLHAR ATENTO acompanho o contemporâneo, invento o futuro.
HUMANIDADE...
SINTO SAUDADE?
Às vezes sim,outras não.
O QUE A VIDA TRAZ DE BOM?
INQUIETUDE!
Atuais e profundas transformações do SER HUMANO no lidar com emoções e sentimentos.
DESEJO?
A CONSTRUÇÃO de um tempo amoroso
DESPERTO para a riqueza da diferença.
CULTIVO - Bons amigos, flores simples no jardim.
PAIXÃO? Imagens... Fotografia... Cinema.
AMOR AO LADO? Escrever, ouvir música.
EXERCÍCIOS MATINAIS:
1-Desapego às coisas materiais.
2-Reafirmar o compromisso ético.
3-Agradecer cada dia de VIDA
O BEM mais precioso. VALOR INESTIMÁVEL.Único e múltiplo... Costuma ser variado.
MALEVO, VA
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*De hábitos vulgares, propio de los arrabales. (y 4 más)*
¡Queridos amigos!, el adjetivo que hoy os traemos a esta humilde página es
sin duda una interes...
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*DO QUOTIDIANO*
Na minha
rua
O
inda é a senhora madeirense que trata da cor dos cabelos da Raquel. Daí o
título de cabeleireira, unissexo. Costumo meter-...
Cogumelos - Um Périplo pelo Minho
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