É assim no verão! Surpresas com a natureza, com a gente.
Comigo, a alegria veio numa manhã qualquer.Descobri o asa à asa de um ninho sendo feito pela passarinha, pequenina, serelepe... sob as vistas atentas de dois puxados olhos verdes, de uma gata gorda e caçadora: A Miou - miou.
O aconchego sentido, a cada dia, pelo aparente emaranhado de fiapos de árvore, crescendo, virando um casulo, casa, abrigo, é indescritível. Um galho mais saliente de uma esmirrada bouganvilea foi o escolhido, bem no meu quintal.
Fiquei, de olho na gata. Perigo conhecido não é perigo ! a gente contorna, vigia. Pior é o imprevisto.
As chuvas de verão, no Rio, desabam de uma hora para outra e, assim foi, na primeira sexta feira, deste inaugural janeiro de 2009.
Tomei um banho e tanto de chuva, tirando folhas de um ralo do pequenino jardim e, foi tanta a água, quando tudo já estava inundando, só então lembrei do ninho.
Alí, volteando, junto com o fino galho, o ninho atravessava sua primeira tempestade.
Meu coração apertado e triste , perplexo, e sem nada prá me dizer, acompanhava cada segundo de aguaceiro e vento!
O susto levou exatos vinte minutos!
A tempestade caprichosa e indomada desapareceu. O ninho parecia intato. Em momento algum propus-me a intervir, não podia! todos sabemos que se tocado a passarinha não volta mais, rejeita-o.
Minha criação urbana não acrescentava como agir para protegê-lo! Era o meu primeiro ninho, recebido como um presente, em risco!
A madrugada foi castigada com mais chuva forte e , insone, avaliava àquela fragilidade tão fustigada.
O ninho tem resistido, continua lá . Já estava pronto para abrigar os ovos e reiniciar o ciclo da vida mas, não tenho visto a passarinha piando, contente, alegre e ligeira.
Minhas reflexões sobre a fragilidade aparente, sobre "o fazer"de quem sabe, o imponderável em nossas experiências de vida levaram-me à muitas observações.
A primeira, sobre o engenho daquela frágil construção , resistente diante da ação , do furor da própria natureza.
O símbolo do ninho, ainda , é para mim o do primeiro aconchego.
A tempestade é a força que desorganiza por conter fúria, ser incontrolável.
Essas constatações, no quintal pequenino, entre flores e arbustos, entre gravetos, gatas e passarinhos fazem -me pensar na vida que tanto queremos, em plenitude e ,que sempre está aí a nos trazer desafios.
Maysa
Comigo, a alegria veio numa manhã qualquer.Descobri o asa à asa de um ninho sendo feito pela passarinha, pequenina, serelepe... sob as vistas atentas de dois puxados olhos verdes, de uma gata gorda e caçadora: A Miou - miou.
O aconchego sentido, a cada dia, pelo aparente emaranhado de fiapos de árvore, crescendo, virando um casulo, casa, abrigo, é indescritível. Um galho mais saliente de uma esmirrada bouganvilea foi o escolhido, bem no meu quintal.
Fiquei, de olho na gata. Perigo conhecido não é perigo ! a gente contorna, vigia. Pior é o imprevisto.
As chuvas de verão, no Rio, desabam de uma hora para outra e, assim foi, na primeira sexta feira, deste inaugural janeiro de 2009.
Tomei um banho e tanto de chuva, tirando folhas de um ralo do pequenino jardim e, foi tanta a água, quando tudo já estava inundando, só então lembrei do ninho.
Alí, volteando, junto com o fino galho, o ninho atravessava sua primeira tempestade.
Meu coração apertado e triste , perplexo, e sem nada prá me dizer, acompanhava cada segundo de aguaceiro e vento!
O susto levou exatos vinte minutos!
A tempestade caprichosa e indomada desapareceu. O ninho parecia intato. Em momento algum propus-me a intervir, não podia! todos sabemos que se tocado a passarinha não volta mais, rejeita-o.
Minha criação urbana não acrescentava como agir para protegê-lo! Era o meu primeiro ninho, recebido como um presente, em risco!
A madrugada foi castigada com mais chuva forte e , insone, avaliava àquela fragilidade tão fustigada.
O ninho tem resistido, continua lá . Já estava pronto para abrigar os ovos e reiniciar o ciclo da vida mas, não tenho visto a passarinha piando, contente, alegre e ligeira.
Minhas reflexões sobre a fragilidade aparente, sobre "o fazer"de quem sabe, o imponderável em nossas experiências de vida levaram-me à muitas observações.
A primeira, sobre o engenho daquela frágil construção , resistente diante da ação , do furor da própria natureza.
O símbolo do ninho, ainda , é para mim o do primeiro aconchego.
A tempestade é a força que desorganiza por conter fúria, ser incontrolável.
Essas constatações, no quintal pequenino, entre flores e arbustos, entre gravetos, gatas e passarinhos fazem -me pensar na vida que tanto queremos, em plenitude e ,que sempre está aí a nos trazer desafios.
Maysa
PS:Foto Ana Paula/Rio .
Um comentário:
É sempre bom fazer do nosso ângulo de vida a nossa "torre de observação".
Uma sacada aqui, outra alí e a gente vai unindo os "pedaços", montando o quebra-cabeças desta vida de desafios e muita beleza.
Parabéns. Vc tira bom proveito da sua torre !
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